Desde segunda-feira (21) os metroviários de Belo Horizonte, Minas Gerais estão em greve contra a privatização do metrô. Para evitar maiores transtornos à população, a justiça determinou que os trens devem funcionar com escala mínima de 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h.
Conforme o Sindimetro-MG, a greve foi motivada após o governo federal determinar a entrega do metrô para a iniciativa privada, desde então a categoria busca informações junto ao Sindicato sobre como ficaria a situação dos trabalhadores da empresa que são concursados. Como não houve diálogo com o governo a categoria optou por iniciar a greve.
“Através da intermediação do Judiciário que os representantes do governo se reuniram ontem com a diretoria do Sindimetro-MG para dizer que não teria nada de positivo para os trabalhadores e que não teria qualquer negociação, pois os trâmites legais para a privatização da empresa estavam dados e que os trabalhadores teriam mais um ano de estabilidade com o novo patrão e partir daí quem decidir seriam os novos donos do metrô”, destaca a nota divulgada pelo Sindimetro.
A categoria reivindica a anulação das condições do item 3 da Resolução CPPI nº 206, com normas para a privatização do metrô. A resolução permite que a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) transfira funcionários para empresas privadas que futuramente serão responsáveis pela administração do serviço.
“Nós somos contra a lógica do lucro a qualquer preço, por isso decidimos entrar em greve, como último recurso para defender o nosso ganha-pão e o direito das pessoas de ir e vir. A nossa luta é a luta de todo o povo trabalhador, oprimido explorado por este sistema injusto”, enfatiza a nota.