O Sistema CNA/Senar promoveu, na terça (14), um seminário online para debater as iniciativas conjuntas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e do Projeto Agro.BR para ampliar as exportações brasileiras.
Um dos objetivos do seminário foi identificar as oportunidades de exportação para pequenos e médios produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Para o chefe de gabinete do Senar, André Sanches, um dos desafios é orientar os produtores na organização da produção e no direcionamento para alguns mercados, levando em consideração as diferenças regionais do Brasil.
O assessor técnico da diretoria de ATeG do Senar, Rafael Costa, destacou que a preparação passa por três etapas: produzir com viabilidade e eficiência, conhecer as oportunidades de negócios e conectar com o mercado internacional.
Cadeias
O tema do segundo bloco de debates foi “Como mapear cadeias que o Senar atua no estado com perfil para o projeto Agro.BR e inseri-las nas suas ações?”. O superintendente regional do Senar Minas, Christiano Nascif, abordou as ações desenvolvidas pela entidade para promover e viabilizar a exportação de produtos agrícolas, principalmente café, leite, mel e hortifrúti.
“Procuramos aumentar a articulação com o escritório regional do Agro.BR. Criamos uma comissão para acompanhamento contínuo, onde as ações estratégicas para alavancar o projeto são discutidas periodicamente com o consultor em Minas Gerais”.
O gerente da ATeG do Senar Bahia, Carlos Rio, explicou que o Agro.BR se encontra na fase de mapeamento, sensibilização e cadastramento de produtores rurais no estado. Segundo ele, inicialmente o projeto vai contemplar produtos como cacau, café, mel, frutas, especiarias e pescados.
“A ideia é explorar aquilo que a nossa indústria não tem especialidade em exportar. Soja e carne as indústrias já fazem. O nosso trabalho será focado em produtos como lácteos, noz pecan, apicultura, piscicultura e fresh”, adiantou ele.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, o leite é um dos produtos com mais potencial para exportação no estado devido à produção elevada e à qualidade que vem sendo alcançada com o apoio da ATeG. “Temos a oportunidade de exportar 40% da nossa produção. Temos que incentivar as pequenas e médias agroindústrias a criar essa cultura”, ressaltou Pedroso, que foi um dos palestrantes do painel.
Além do leite, Pedrozo enxerga possibilidades em cadeias produtivas como a pecuária de corte, ovinocultura, apicultura, piscicultura e maricultura.
(Texto: João Fernandes com Agrolink)