Por Camila Farias [Jornal O Estado MS]
Com previsão de 50% menos chuvas no Estado, hoje (20) inicial o Outono que será marcado por um tempo de seca e calor. O Pantanal deve ser a região mais afetada pela falta de chuva, tendo em vista às possíveis queimadas que podem ocorrer com as temperaturas tão elevadas nesse período de estiagem.
De acordo com a Coordenadora de Meteorologia do CEMTEC (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), Valesca Fernandes com a chegada do outono acontece uma transição climática e por conta disso as chuvas costumam ser mais escassas e com essa mudança preveem-se também fenômenos meteorológicos como nevoeiro, friagem e geada, este último ocorrendo principalmente no final da estação, quando as temperaturas começam a descer antes do inverno.
Segundo o meteorologista Natálio Abraão o quantitativo de chuvas para o mês de abril devem permanecer a baixo da média, como no mês anterior. As temperaturas seguem elevadas e o outono será de forte estiagem em todo o centro-sul. Chuvas são esperadas somente para o norte e nordeste de Mato Grosso do Sul.
O presidente do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), Coronel Ângelo Rabelo, afirma que nesse período é fundamental que a falta de chuva seja motivo de atenção, tanto para as autoridades quanto para os envolvidos na proteção do bioma pantanal, as brigadas privadas, as brigadas voluntárias.
Ele explica também que o Pantanal tem sido contemplado com um grande volume de chuvas e água muito a cima do que foi no mesmo período do ano passado. “Muitas áreas que não encheram ano passado, principalmente nossa região da serra do molar o rio subiu consideravelmente, não será uma grande cheia, mas teremos o processo de inundação acontecendo”, disse Rabelo.
Outro ponto apontado pelo Coronel, é que as equipes de brigadistas e toda a rede envolvida estão melhores preparados que nos anos anteriores, equipando e capacitando as equipes. “Nós estamos instalando um novo sistema de alerta para prevenção do fogo, que será divulgado posteriormente e que vai ao encontro do desafio de prevenir novos desastres associados ao fogo”, declara.
Perfuração de poços
Para driblar a estiagem e possível seca, o pantaneiro recorreu a uma alternativa antiga mas atrelada a uma nova tecnologia, que é a perfuração de poços e implementação de bombas solares, que está ajudando a minimizar bastante a falta de água que era um fato crítico.
Com a bomba solar e o poço é possível ter água jorrando permanentemente com a luz do dia e isso ajuda a amenizar a aflição da falta de água em alguns lugares do pantanal.
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