O Estado Play recebeu a delegada da Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), Ana Medina, da Polícia Civil, para esclarecer as funções do setor, criado em 2020, que já representa grande avanço e importância na investigação dos casos de corrupções em Mato Grosso do Sul. Um dos casos da delegacia é o maior volume de dinheiro desviado na história de Mato Grosso do Sul, em Maracaju.
A Dracco também se enquadra no combate ao crime organizado, de lavagem de dinheiro e outros crimes da área civil. ”Além da corrupção, trouxemos especialistas que investigam administrativamente os crimes aeronáuticos e manutenções clandestinas. Temos também um acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal, focada em combater o narcotráfico ”, explicou para o radialista João Flores Júnior.
Segundo a delegada, a corrupção vem acompanhada de diversos outros crimes como peculato, desvio de verbas, estelionato, fraude e falsidade ideológica. O trabalho do departamento é punir diretamente quem se envolve nesses tipos de crimes, trazendo os reflexos necessários para postura do servidor público. ”Qualquer pessoa que afronta a sociedade, uma hora será responsabilizada”.
Algumas novidades aperfeiçoam o setor como a instalação de um laboratório de tecnologia contra lavagem de dinheiro, existente já na Polícia Civil, para análises de dados bancários e fiscais. ”Trouxemos um departamento para que a repressão aos crimes de corrupção fosse mais efetiva, buscando descapitalizar organizações criminosas”.
No Estado, a Dracco também trabalha em conjunto da Decco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) e Decor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção). Futuramente, ambas terão um cartório central e uma seção de investigação geral.
R$ 23 milhões desviados no interior do Estado
Em setembro, a Dracco participou da primeira fase da Operação Dark Money, mirando servidores públicos que atuaram em 2019 e 2020, empresários e empresas envolvidos no desvio de R$ 23 milhões dos cofres públicos no município de Maracaju, a aproximadamente 153 quilômetros de Campo Grande.
Segundo a delegada Ana Medina, a liberdade de atuação dos policiais foi essencial para o cumprimento da lei. ”Não fazemos apenas a responsabilização dos crimes, mas buscamos também reverter o valor aos cofres públicos. Temos outros trabalhos no combate à corrupção que, com certeza, irão orgulhar os sul-mato-grossenses. Doa a quem doer”.
Confira a entrevista completa: