O Estado Play: Desafio dos 800 km do Instituto Sangue Bom pode virar livro

Carlão
Foto: Cayo Cruz

O presidente do Instituto Sangue Bom, o professor Carlos Alberto Rezende, conhecido como Carlão, retornou da aventura solidária dos 800 km percorridos de bicicleta com novidades na bagagem. Em entrevista ao O Estado Play, Carlão revelou que viveu momentos únicos na trajetória entre Campo Grande (MS) e Jaú (SP) nos dias 7 e 18 de setembro e, por isso, quer contar a história em um livro.

Carlão relembrou que todo o caminho foi emocionante. ”Já na largada, tive a companhia do casal de corredores Paulo e Mari, eles fizeram os primeiros 10 quilômetros comigo. Mari havia feito o segundo ciclo do processo de quimioterapia, é muito bacana ver a sua capacidade o que isso representa. Nós percorremos 117 quilômetros só no primeiro dia”, disse.

”Chegamos em Nova Alvorada do Sul e fomos acolhidos pela população e pelo prefeito. Por onde passamos, deixamos uma campanha muito forte para doação de sangue e órgãos. Da mesma forma foi em Casa Verde (SP), em Bataguassu (MS), Presidente Venceslau (SP) e Presidente Prudente (SP), onde deixamos claro a nossa mensagem de solidariedade,” comentou.

Há 5 quilômetros do ponto de chegada, o professor Carlão recebeu a companhia e o carinho de um ex-aluno, de 28 anos. O jovem paulista salvou a vida de Carlos com a doação de medula óssea há quase cinco anos. ‘Temos um projeto para a próxima edição da São Silvestre. Estamos treinando para corrermos juntos, uma corrida inédita entre o doador e receptor. Quero de alguma forma retribuir a felicidade de estar vivo”.

De acordo com o professor, o cansaço foi grande, mas a recompensa é muito maior devido ao propósito da iniciativa, o estímulo para doar órgãos e medula óssea. ”Acho que vem um livro aí, mas o importante é que a mobilização teve muita repercussão nacional e estamos recebendo várias propostas. Por onde eu passo, eu levo a bandeira da solidariedade. Quero que Campo Grande seja a cidade mais solidária do País”.

Próximos passos

”A partir de agora, devemos retomar muitos projetos que foram paralisados pela pandemia. Nós temos as ações do projeto “Sangue Bom na Escola”, que são as palestras nas universidades e escolas do ensino médio, onde está o nosso público-alvo”, disse Carlão. O cadastro hoje para doação medula óssea hoje é restrito para maiores de 18 anos e menores de 35 anos.

Carlão disse que o Instituto Sangue Bom trabalhará bastante com este ”novo doador”. Além de estimular o projeto ‘Usa e devolva. Seja sangue bom!‘, que oferece camas hospitalares, cadeiras de rodas e cadeiras de banho emprestadas.

”Estamos encaminhando agora para a “5ª Edição da Corrida Sangue Bom” e para a “5ª Edição do Natal Solidário”. “São 20 dias de Natal, onde visitamos hospitais, escolas e instituições”. Por fim, o entrevistado contou que dia 12 de dezembro a instituição vai ajudar a promover o “3º Jogo entre os Transplantados”, para arrecadar alimentos e presentes.

O “Projeto Sangue Bom” atende todo o Estado, não tem conta bancária e não aceita dinheiro. Mas, quem quiser ajudar, basta entrar em contato com a página do projeto nas redes sociais.

Mais detalhes da aventura você confere no podcast.

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