As crianças que fazem hemodiálise no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian estão sofrendo com a falta do cateter definitivo que é mais confortável e gera menos inflamações do que o cateter provisório. O último cateter definitivo foi colocado em dezembro de 2021. Atualmente o órgão atende quatro pacientes em hemodiálise pediátrica, três crianças são do interior de Mato Grosso do Sul.

O problema é que o Hospital Universitário é o único que realiza hemodiálise pediátrica em crianças com insuficiência renal no Mato Grosso do Sul.

De acordo com a assessoria do hospital, “o último cateter de longa permanência que tínhamos foi utilizado na última semana de dezembro de 2021”. O cateter provisório deve ser usado por até 15 dias para evitar inflamações e infecções. Mas, as crianças estão usando por mais de 60 dias. A hemodiálise é feitas em algumas crianças três vezes por semana e outras precisam fazer 5 vezes por semana o tratamento por mais de duas horas.

Ainda conforme a assessoria, quatro crianças fazem hemodiálise pediátrica atualmente no Hospital Universitário. “O ideal é que todos usem o de longa permanência, porque precisa trocar menos do que o de curta permanência. Mas o uso de cateter de curta permanência não interfere, não muda nada no tratamento dos pacientes, o problema é que ele precisa ser substituído com maior frequência se comparado com o cateter de longa permanência”.

Licitação

A assessoria do HU informou que desde novembro de 2021, o órgão está “tentando a compra de cateteres de longa permanência, em processos licitatórios que têm sido desertos”.  Segundo a informação que prestaram a O Estado Online não aparecem empresas fornecedoras interessadas em vender o material. Na última segunda-feira (28), o hospital conseguiu comprar de um fornecedor de Diadema, a empresa Medcorp Saúde Tecnologia Ltda, de Diadema (SP).

A empresa ainda tem 10 dias úteis para enviar os cateteres de longa permanência, se não houver atrasos na entrega dos cateteres.