As chuvas registradas na noite de segunda-feira (26) e madrugada de terça-feira (27) ajudaram a reduzir os focos de calor no Pantanal de Corumbá. De acordo com o governo do Estado, caiu entre 10 e 30 milímetros de chuva por região, eliminando a fumaça de incêndio. A queimada mais intensa foi na região do Porto da Manga, Pantanal da Nhecolândia, a leste de Corumbá, que foi controlada pelo Corpo de Bombeiros e equipe do PrevFogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Conforme o gerente estadual do PrevFogo, Bruno Águeda, foram quatro dias de ações na região, com 27 homens atuando juntamente com o Corpo de Bombeiros, para controlar as chamas. “Foi um trabalho intenso de quatro dias na região da Manga e a chuva finalizou o serviço que já estava no rescaldo”, disse. Além das equipes, foi utilizado apoio logístico do Exército Brasileiro no último dia de trabalho, evitando que o fogo se alastrasse para uma comunidade ribeirinha que fica no Rio Paraguai, com cerca de 200 pessoas. Também levou quatro dias de ações o incêndio no Morro do Chapéu, no Pantanal do Jacadigo. Na área, foram queimados 600 hectares. O Porto da Manga é localizado na MS-228 e integra a Estrada-Parque do Pantanal.
Segundo o Ibama, foram destruídos cerca de 1.600 hectares da planície entre morraria Urucum e o Rio Paraguai, de um lado, e a Estrada-Parque e a BR262, do outro lado. As causas do incêndio estão sendo apuradas. Trabalhos foram feitos na Serra da Bodoquena, na reserva indígena kadiwéu. As chamas foram controladas no entorno da Aldeia Alves Ferreira. O Ibama ainda está patrulhando a Aldeia São João, em Bonito. (Raiane Carneiro com assessoria)