É duro de ver uma conquista pessoal ser jogada pelo ralo. Não literalmente, mas é isso que aconteceu com uma família na Vila Nogueira, região sul de Campo Grande. Um mês atrás, marido, esposa e duas filhas são obrigados a dormir no chão e fazer a janta em um “fogareiro” improvisado com tijolos e lenha após assaltantes fazerem a limpa na casa alugada onde moram.
A série de presentes da matriarca para celebrar a vida nova na Capital – com direito a geladeira, fogão, televisão 55 polegadas, cama e colchões novinhos em folha e até tablet para as filhas – foram “divididos” com os ladrões. Ao voltarem do culto naquela fatídica noite de sexta-feira, em outubro, a paz da família foi transformada na pior das surpresas. Na sequência, sentimento de tristeza e de completa violação do que era para ser privado. O relógio marcava 22h30.
“Raparam a nossa casa, e a gente não pôde fazer nada em relação a isso”, confirma lamentosamente a dona de casa Jocimara Pereira dos Santos, 33 anos. Cerca de 43 mil reais foram furtados em bens materiais na residência. “Era parte do valor de indenização que recebi recentemente após anos lutando na Justiça contra um erro médico na minha última gravidez”, compartilha a matriarca, que foi obrigada a retirar o útero.
Com uma porcentagem do dinheiro, a mãe quis homenagear a família com móveis e eletrodomésticos – uma maneira de celebrar a página virada e o recomeço em Campo Grande. Eles, que vieram de Bandeirantes, não esperavam os “planos” que a cidade grande tinha mente. Com o portão arrebentado e tudo “rapado”, o jeito é esperar por um milagre.
“Estamos vivendo pior que cachorro: os dois desempregados, sem água e luz na casa e com o vazio dos objetos que nos pertencia. Só continuamos aqui pois pelo menos temos um teto para chamar de nosso”, esclarece o pai Adevaldo Simões Gonçalves, 40 anos.
Para ele, por enquanto a rotina da família se resume ao “limite da fé” que vivem. Assista a entrevista de O Estado Play, realizada pelo repórter Itamar Buzzatta:
Assim que o episódio aconteceu, o casal foi até a Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário/Centro Especializado de Polícia Integrada) no bairro Tiradentes e registraram o boletim de ocorrência. De lá pra cá, passados 30 dias, não ganharam atualizações muito menos tiveram os objetos furtados reavidos. “A esperança e a fé de dias melhores continuam”, disseram.
Quem puder e quiser ajudar, basta contatar Adevaldo e Jocimara pelo número telefônico (67) 99180-3538 (vizinho Ademir).
Meu Deus, como isto é possível??
Eu moro nesta vila , agora estou preocupada, e pior estão a Deus dará, trinta dias e nem uma resposta da polícia é muito triste.
Força aí a essa família.