Não aumente a ração do pet nesse frio. As temperaturas amenas dispensam a necessidade de abastecer o potinho em dobro
É bastante comum as pessoas associarem a chegada do inverno com mudanças na alimentação de cães e gatos. Mas será que esse raciocínio é sempre válido? Parte dessa cultura está ligada com o nosso comportamento alimentar e a nossa capacidade de termorregulação, e, portanto, de produzir ou perder calor corporal.
De acordo com o zootecnista e professor do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Diogo Cesar Gomes da Silva, temos que lembrar que os animais possuem metabolismos distintos do nosso. Observar o comportamento do animal, sua ingestão e condição corporal é importante para entender suas necessidades.
“Em situações onde os animais estão com um ambiente adequado, com caminhas, casinhas, cobertores, conseguem se adaptar muito bem e, por isso, seu metabolismo fica ‘estável’, não havendo a necessidade de aumentar o consumo de ração ou alimento. Algumas raças ou animais mais sensíveis ao frio podem facilmente se adaptar com a implantação de mudanças no ambiente, por exemplo, um espaço com calor adequado e conforto. Com isso, a mudança na dieta não é necessária”, explica o especialista.
Algumas condições climáticas podem apresentar um clima seco de inverno e com isso, pode causar problemas respiratórios e ressecamento de pele nos pets. Vale lembrar que algumas raças podem ser bem sensíveis a estes problemas e, por isso, procurar um profissional é sempre recomendado.
“Raças braquicefálicas, aquelas de focinho achatado, como Pugs, Bulldog Francês, entre outros, bem como, as raças de pele solta, como Sharpei e Bulldogs, são bastante sensíveis a estas condições”, revela o professor.
Toda e qualquer mudança de rotina ou alimentação deve ser discutida junto a um profissional capacitado. “Outra orientação é que a alimentação dos pets deve sempre ser acompanhada por um zootecnista ou médico veterinário nutrólogo. Manter a rotina de consultas com o médico veterinário de confiança também é fundamental para o bem-estar dos pets”, recomenda.
(Texto: Bruna Marques)