Na Capital, população confirma necessidade do uso do equipamento
Apesar do ritmo acelerado da vacinação que resultou na flexibilização de regras contra a COVID-19, é consenso entre Estado e Município que o uso de máscara de proteção continuará a ser exigência sem prazo definido para acabar. Para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende e o municipal, José Mauro Filho, “ainda não é a hora” para se pensar em desobrigar a utilização.
“Mesmo com o índice de vacinação que temos, ainda apontamos pela manutenção de todas as medidas não farmacológicas. Não vencemos a COVID e é preciso ter cuidado porque a taxa de contágio aumentou em outros estados”, afirma Geraldo.
Com o avanço da aplicação da vacina e melhora na ocupação de leitos em unidades de saúde, o toque de recolher foi a primeira medida restritiva a perder o efeito, isso após várias flexibilizações de horário. Nesta semana, a Prefeitura de Campo Grande também decidiu retirar limitação de público para o funcionamento do comércio de Campo Grande.
“Fizemos a resolução para liberar o comércio e estamos observando como será o comportamento. Hoje, praticamente as únicas medidas que temos são a máscara, higienização e distanciamento, por isso, é prematuro falar sobre a retirada dessas proteções. Há necessidade de adotar critérios, fazer estudos e observar o número de casos em todo o País”, avalia José Mauro.
Para ele, como o Governo Federal não tomou o comando da pandemia para si, os ajustes sobre as medidas restritivas vão seguir nas mãos de estados e municípios. Contudo, com definições ainda distantes.
Enquanto o Governo do Estado nem cogita planejar a retirada das máscaras, Geraldo Resende avalia que a questão pode até parar na Justiça caso algum município queira decidir sobre o tema por conta própria. “Acredito que ninguém tomaria uma decisão esdrúxula, intempestiva e sem base científica como
essa”, considera.
Como exemplo, Geraldo lembra de derrotas do Governo Federal na Justiça durante tentativas de retirar medidas de prevenção da doença. “O Governo Federal tomou medidas desacertadas e foi derrotado, por isso, acredito que nenhum prefeito adotaria uma medida inoportuna”, relata.
Para os próximos meses, o secretário afirma que máscara de proteção e distanciamento serão prioridades junto com o avanço da vacinação. “Nosso pedido é para que os municípios façam mutirão e vacinem a população, inclusive, nos fins de semana. Hoje quem morre de COVID-19 no Estado é o pessoal que não se vacinou e os idosos, que são nosso alvo no momento com a dose de reforço”, esclarece.
(Texto: Clayton Neves)