Uma série de recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foram compiladas e defendidas pela titular da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19, Rosana Leite, com relação a como se dará a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Entretanto, o plano técnico – que sugere que os adultos sejam separados dos pequenos e que a imunização da criançada ocorra em dias específicos, sem utilização da modalidade drive-thru – impõe certas dificuldades que vão além da possível falta de doses.
O Ministério da Saúde autorizou em 16 de dezembro que crianças sejam vacinadas. Em Mato Grosso do Sul, nem o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Rezende, nem o Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, José Mauro Castro Filho, divulgaram se há doses suficientes para que o novo grupo seja devidamente contemplado. Sem contar que, desde a semana passada, a secretaria já havia confirmado o início da 4ª dose (segunda dose de reforço) aos imunossuprimidos já para o dia de hoje (26).
Voltado às recomendações. A nota ténica indica que um intervalo de 15 dias entre a vacina da COVID-19 e imunizantes contra outras doenças. Ainda, é necessário que a criança fique em observação por no mínimo 20 minutos após receber a dose. Pais e/ou responsáveis deverão ser orientados pelos profissionais de saúde para possíveis efeitos colaterais e reações adversas. As medidas possuem abragência nacional, porém não houve esclarecimentos das autoridades regionais de como elas se darão na prática pelo Estado e na Capital.
O texto assinado por Rosana Leite veio na sequência após o STF (Supremo Tribunal Federal) dar 48 horas para que o Ministério se manifestasse com relação à complementação do PNV (Plano Nacional de Vacinação), agora incluindo crianças de 5 a 11 anos. O órgão federal exigiu que um cronograma fosse criado de modo que viabilizasse a cobertura vacinal adequada de toda a população infantil antes da retomada das aulas, prevista já para os primeiros meses do ano que vem.
Na justificativa da secretária extraordinária, ficou pontuado que outros 25 países já solicitaram ou validaram a vacinação contra a COVID-19 em crianças menores de 12 anos e que ainda a própria Anvisa já lançou autorização nacional. Até o momento, somente a Pfizer é a vacina recomendada para o grupo infantil.