Pesquisa elaborada pelo Ministério Público do Estado pretende traçar estratégias para o sistema
A população de Campo Grande agora tem a oportunidade de denunciar as falhas e problemas durante os atendimentos médicos nas unidades de saúde da cidade. Diariamente relatos da precariedade do sistema são publicados nas redes sociais e pensando nisso que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul desenvolveu uma pesquisa para conseguir analisar os aspectos que podem ser melhorados para a assistência.
Para isso, os usuários do SUS que buscarem atendimento nas unidades de saúde de Campo Grande irão se deparar com um cartaz do Ministério Público de Mato Grosso do Sul solicitando que o serviço seja avaliado. Basta abrir um QR Code com a câmera do celular e, por meio de um formulário, detalhar se o serviço buscado na unidade foi realizado, se a infraestrutura era adequada, qual o tempo de espera, entre outras informações.
A iniciativa faz parte do projeto “O MPMS quer te ouvir”, desenvolvido pela 32ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, com o objetivo de identificar as melhorias necessárias para o atendimento de saúde da capital, sob a ótica dos usuários, e definir estratégias de atuação para os gestores públicos poderem adotar providências.
A Promotora de Justiça Daniella Costa explica que a assessoria técnica da Promotoria já realiza vistorias periódicas nas unidades de saúde, que servem para subsidiar o trabalho de acompanhamento da qualidade dos serviços prestados pelo SUS.
“Agora, com o projeto ‘O MPMS quer te ouvir’, a nossa atuação estará ainda mais próxima do cidadão, porque obteremos informações enviadas diretamente pelos usuários. Queremos saber como a população avalia o atendimento, o que funciona bem e o que precisa ser melhorado”, explica a Promotora de Justiça, que é titular da 32ª Promotoria, especializada na área da saúde.
Os cartazes do MPMS que direcionam para os formulários já começaram a ser fixados, e estão disponíveis em cerca de 60% das unidades de saúde da Capital. Até a próxima semana, todas as 74 UBS e USF deverão estar cobertas.
O formulário de pesquisa inclui perguntas sobre a unidade de saúde frequentada, os serviços utilizados, o tempo de espera, a infraestrutura disponível e o nível de satisfação com o atendimento.
Por Michelly Perez