Com 106 pacientes esperando por bariátrica, procedimentos serão autorizados pela regulação municipal e estadual
Após paralisação, o Governo de Mato Grosso do Sul autorizou a retomada das cirurgias realizadas pelo programa “Mais Saúde, Menos Fila” em 61 dos 68 hospitais credenciados no Estado. Entre as unidades que voltaram a operar estão o Hospital Adventista do Pênfigo e o Hospital São Julião, em Campo Grande.
De acordo com o Pênfigo, 106 pacientes aguardam na fila por cirurgia bariátrica, e o hospital já iniciou o processo de reativação das internações. “As autorizações das AIHs (Autorizações de Internação Hospitalar) que estavam suspensas foram retomadas nesta segunda-feira (20). A partir de agora, o HAP voltou a inserir as AIHs no sistema CORE. Assim que a Central de Regulação do Estado autorizar os procedimentos, os pacientes serão convocados pelo hospital, conforme a liberação e a disponibilidade de recursos”, informou a instituição, em nota.
A SES (Secretaria Estadual de Saúde) explicou que a paralisação temporária teve como objetivo reorganizar a execução financeira e operacional do programa. “A medida teve como objetivo garantir o equilíbrio na aplicação dos recursos e a continuidade dos atendimentos à população”, destacou o comunicado. Segundo a pasta, o MS Saúde possui atualmente R$32 milhões em recursos distribuídos entre os hospitais credenciados, e a maior parte das unidades já retomou as atividades.
A SES reforçou ainda que tanto o Pênfigo quanto o São Julião “não haviam atingido o valor total do contrato no momento da suspensão e já receberam autorização para retomar integralmente os atendimentos até a execução completa dos recursos previstos”.
No caso do Hospital São Julião, a superintendente de Gestão, Jéssyka Mendes, confirmou que a instituição voltará a realizar cirurgias gerais e de otorrinolaringologia já a partir da próxima semana.
“O programa MS Saúde foi autorizado e retomado até a gente compor o nosso teto de empenho. Iniciaremos os atendimentos e executaremos as cirurgias de cirurgia geral e otorrino. Estamos aguardando as autorizações dos procedimentos tanto da Sesau quanto do Estado e, diante dessas autorizações, iniciaremos os agendamentos a partir da próxima semana”.
A superintendente ressaltou ainda que a paralisação trouxe prejuízos tanto para a estrutura hospitalar quanto para os pacientes. Segundo ela, durante o período de suspensão, a equipe e os centros cirúrgicos do São Julião permaneceram ociosos, enquanto muitos pacientes, já triados e com exames pré-operatórios concluídos, continuaram à espera da realização das cirurgias. “O impacto foi a espera do paciente e de toda a estrutura do São Julião, que ficou ociosa durante o período de suspensão. Mas principalmente o impacto para o paciente, que já havia feito exames pré-operatórios e aguardava apenas a execução da cirurgia”, explicou.
Por Inez Nazira