HU da UFMS realiza 392 exames e cirurgias em mutirão com tomografias, biópsias e procedimentos gerais

Foto: Divulgação
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Ação concentrada em um único dia reuniu cirurgias eletivas, exames de imagem e consultas especializadas no hospital universitário

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HU-UFMS), em Campo Grande, realizou 392 exames, consultas e cirurgias no sábado (13) durante um mutirão integrado a uma mobilização nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação fez parte do “Dia E: Ebserh em Ação”, que somou 54.068 atendimentos em todo o país em um único dia.

No HU-UFMS, os atendimentos incluíram cinco cirurgias de hemorroidectomia, seis hernioplastias e oito laqueaduras. Na área de diagnóstico, foram realizadas 85 ultrassonografias, 73 tomografias, 24 ecocardiogramas, 156 biópsias e 40 exames de espirometria. O mutirão também contemplou 14 consultas nas áreas de endocrinologia e metabologia.

Entre os pacientes atendidos estava o carregador de feijão Porfírio Antônio Vasque de Souza, de 52 anos, que aguardava havia mais de dois anos por uma cirurgia de hérnia. Ele relatou que convivia com dores intensas, que comprometiam o trabalho e o descanso. “As dores me incomodam muito. Não consigo fazer as mesmas atividades de antes, como andar de bicicleta ou trabalhar direito. A dor também atrapalha o sono”, disse. Segundo ele, o chamado para a cirurgia trouxe alívio após longa espera. “Ontem mesmo agradeci a Deus. Estou muito feliz por finalmente ter chegado a minha vez.”

O autônomo Vitor Yoshiro Alves Okumoto, também de 52 anos, passou por cirurgia para retirada de hemorroida após cerca de seis meses na fila. Antes do procedimento, relatou nervosismo, mas destacou a expectativa de resolver um problema recorrente. “Fico um pouco nervoso, mas vamos encarar. Essa cirurgia vai resolver um problema que já me causou sangramentos”, afirmou.

Nos exames, o mutirão também atendeu pacientes em acompanhamento clínico contínuo. O aposentado Carlos Roberto Pereira, de 82 anos, realizou uma espirometria que estava agendada apenas para o fim do mês. Com histórico de doença pulmonar obstrutiva crônica, ele relatou dificuldades de deslocamento, mas destacou a importância da antecipação. “Peguei três ônibus para chegar aqui, mas valeu a pena”, contou.

Em escala nacional, a mobilização envolveu hospitais universitários, Santas Casas, unidades filantrópicas e instituições privadas conveniadas ao SUS, com participação de cerca de 5 mil profissionais da saúde e residentes. O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que a ação integra uma diretriz do governo federal para ampliar o acesso a procedimentos. “É uma determinação do presidente Lula cuidar das pessoas e reduzir o tempo de espera por cirurgias”, disse.

Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a mobilização como inédita no sistema público. “Este é o maior mutirão da história do SUS. Pela primeira vez, hospitais universitários, Santas Casas, hospitais filantrópicos e instituições privadas participaram de um esforço nacional conjunto”, afirmou.

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