Desde o início do ano, um aumento súbito nos números de casos de dengue, em Campo Grande, tem deixado a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em sinal de alerta, isso porque a quantidade de casos apresentados ultrapassou a barreira de controle e acabou se tornando uma epidemia, na cidade. Em uma semana, foram confirmados mais 579 casos.
De acordo com a Sesau, de janeiro ao dia 18 de abril, foram notificados 6.991 casos e dois óbitos, provocados por dengue. Somente no mês de abril, do dia 1º a 18, foram 982 casos. Em 2022, foram notificados 3.385 casos de dengue, somente no mês de abril.
É importante lembrar que a dengue pode começar com alguns sintomas comuns, também, em outras doenças, como febre alta, dores musculares, mal-estar, falta de apetite e dores de cabeça. É importante que, ao sentir sintomas como esses, combinados com dores nos olhos e até mesmo manchas vermelhas pelo corpo, o enfermo procure um médico, para que haja um diagnóstico preciso e início do tratamento, que é feito basicamente com hidratação, junto com remédios para alívio dos sintomas.
Desde o ano passado, o município vem realizando diversas ações estratégicas, como a “Operação Mosquito Zero”, que percorreu as sete regiões da cidade. A ação foi finalizada no dia 31 de março e mais de 50 mil imóveis foram inspecionados. Paralelamente, o trabalho de rotina, que consiste na visitação domiciliar, recolhimento de material inservível e eliminação de focos, segue sendo intensificado.
A secretaria explica ainda que a sociedade civil organizada e entidades públicas e privadas também estão sendo mobilizadas para auxiliar nas ações de enfrentamento, por meio da efetivação de parcerias e do projeto “Colaborador Voluntário”, que capacita os colaboradores destas instituições para atuarem internamente, como voluntários.
Além disso, a prefeitura tem realizado ações educativas em todas as regiões e também de orientação, inclusive com o apoio da imprensa, que tem o papel de informar e orientar sobre as medidas de prevenção e controle da doença, contribuindo, assim, com coletividade e cumprindo seu papel social.
Prevenção
Mesmo com todas as estratégias utilizadas pela prefeitura e autoridades de saúde, é importante salientar que os casos tendem a aumentar se a população não se conscientizar em prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da doença.
A orientação é a mesma: combater os focos de acúmulo de água, locais que são propícios para a criação e reprodução do mosquito transmissor da dengue. Para prevenir a chegada da doença, é necessário manter caixas, barris e tonéis bem tampados, lixos sempre fechados, cuide do seu quintal, sempre verificando se não há água parada e não jogue lixo em terrenos baldios.
Por Camila Farias – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul
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