Dourados começa vacinação em massa contra dengue

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Mato Grosso do Sul registrou mais de 40 mil casos da doença em 2023

Enquanto Campo Grande aguarda o Ministério da Saúde, Dourados sai na frente e começa nesta quarta-feira (3) a vacinação em massa contra a dengue, que deve atingir aproximadamente 150 mil douradenses, entre 4 e 59 anos.

A ação, inédita no Brasil, foi desenvolvida pela Sems (Secretaria Municipal de Saúde), em parceria com o laboratório japonês Takeda, que desenvolveu a vacina Qdenga.

 Apesar de 40.176 mil casos confirmados e 40 mortes em todo o Estado, a vacina não está disponível de forma gratuita. Em Campo Grande, por enquanto, o imunizante pode ser encontrado somente na rede particular. Para se imunizar contra a doença o campo-grandenses tem que desembolsar mais de R$ 1 mil, isso por que cada dose custa R$ 605,00. 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que o município de Campo Grande ainda aguarda a divulgação da nota técnica, por parte do Ministério da Saúde, estabelecendo os Estados e municípios que irão ser contemplados com a vacina, bem como o quantitativo que será enviado para atender o público-alvo. A partir de então, será estabelecido o plano operacional de vacinação.

Em entrevista ao jornal O Estado, a prefeita Adriane Lopes confirmou, justamente, essa informação. “Estamos aguardando uma nota técnica do Ministério da Saúde. Nós não temos essa previsão ainda, para a nossa equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde Pública”, disse.

Ciclo vacinal 

O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses e a Qdenga apresentou, nos ensaios clínicos, eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo, após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a vacina garante imunização contra a dengue por até cinco anos. 

“Esses números são importantíssimos para a realidade de Dourados que, se atingidos, teremos, em pouco tempo, uma queda drástica no número de internações gerais por dengue, principalmente em UTI, que teria mais leitos liberados para que possamos atender outros pacientes”, explica o secretário municipal de Saúde, Waldno Lucena.

 De acordo com Edvan Marcelo Marques, gerente do NI (Núcleo de Imunização), o trabalho desenvolvido durante a fase crítica da pandemia da covid-19 mostrou a capacidade do setor em planejar esse tipo de ação. 

“Já temos 90 mil doses e receberemos outras 70 mil até o fim do mês, quantidade suficiente para aplicarmos a primeira dose até o fim de março. Vamos ter a oferta das vacinas na área urbana, nas unidades dos distritos e ainda nas reservas indígenas. Paralelamente a isso, vamos montar estratégias direcionadas com unidades móveis visitando empresas, o comércio e buscar levar a Qdenga ao maior número de pessoas possível, nos dois ou três primeiros meses”, conclui.

Por Thays Schneider  

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