Problema teria atingido áreas como centro obstétrico e UTI Neonatal desde sábado; hospital afirma que sistema central já foi consertado
Uma denúncia encaminhada ao Jornal O Estado aponta que diversas alas do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) ficaram sem ar-condicionado desde o último sábado (20), em meio às altas temperaturas registradas em Campo Grande. Segundo os relatos, a situação teria afetado todo o segundo andar da unidade, incluindo áreas destinadas a bebês, o centro obstétrico e a UTI Neonatal.
De acordo com as informações recebidas pela reportagem, pacientes e recém-nascidos permaneceram em ambientes sem climatização adequada, o que agravou o desconforto causado pelo calor intenso dos últimos dias. A denúncia também indica que, por se tratar de ala cirúrgica, não é permitida a entrada de ventiladores no segundo andar.
Internada desde o dia 15, a estudante de psicologia Emily Nunes, que deu à luz a um menino nesta semana, relatou à reportagem as dificuldades enfrentadas durante o período sem ar-condicionado. Transferida de ala na manhã desta terça-feira (23), ela afirmou que a situação persiste em alguns setores. “Onde eu estou agora, no quinto andar, a maioria dos quartos não tem ar há muito tempo, mas ainda dá para usar ventilador. Já no segundo andar não dá, porque é ala cirúrgica, não pode entrar nada. Está todo mundo no calor, principalmente os bebês”, disse.
Emily também relatou que a Unidade Intermediária Neonatal (UIN) ainda estava sem climatização. “Hoje de manhã estava insuportável. Os bebês estavam todos sem roupinha por causa do calor. Saí da UIN por volta das 10h30 e não tinha ar”, afirmou.
Procurado pela reportagem, o HRMS informou que o problema ocorreu devido a uma falha elétrica que danificou parte do sistema e que o ar-condicionado central já foi reparado. A nota foi enviada ao Jornal O Estado e segue na íntegra:
“O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) informa que o ar-condicionado central já foi consertado. O sistema apresentou falha em decorrência de uma pane elétrica no quadro de energia, que ocasionou a queima de uma bomba.”
Apesar do comunicado, pacientes relatam que alguns setores seguem sem climatização adequada, especialmente áreas voltadas ao atendimento neonatal. A reportagem segue acompanhando a situação.
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