Anvisa alerta para riscos de alisantes capilares com formol e ácido glioxílico

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Substâncias proibidas continuam sendo usadas de forma irregular em salões e representam risco à saúde, segundo informe publicado nesta segunda-feira (7)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta segunda-feira (7) sobre os riscos associados ao uso de alisantes capilares com substâncias proibidas, como o formol (ou formaldeído) e o ácido glioxílico. Segundo o informe de segurança, esses produtos podem causar danos graves à saúde e à estrutura dos cabelos, especialmente quando aquecidos ou utilizados em procedimentos combinados, como a descoloração dos fios.

O uso do formol em cosméticos é permitido no Brasil apenas como conservante, em concentrações de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, até o limite de 5%. Seu uso como alisante, no entanto, é proibido e considerado de alto risco. O mesmo vale para o ácido glioxílico, que pode liberar vapores tóxicos durante o uso com fontes de calor.

Entre os efeitos adversos estão irritações na pele e nos olhos, problemas respiratórios e danos irreversíveis ao cabelo. A Anvisa orienta que consumidores fiquem atentos a sinais como coceira, ardência e dificuldade para respirar durante ou após o uso desses produtos. Também recomenda verificar se o cosmético é regularizado junto ao órgão e evitar qualquer item sem rótulo ou com promessas milagrosas.

Aos profissionais da área da beleza, a agência reforça que é obrigação legal utilizar apenas produtos autorizados e seguir as instruções de uso. A recusa ao uso de substâncias proibidas, mesmo quando solicitadas por clientes, deve ser uma prática padrão nos salões. A Anvisa recomenda ainda o uso de equipamentos de proteção individual e a manutenção de ambientes bem ventilados.

O órgão lembra que a adição de formol a cosméticos, além de ser uma infração sanitária grave, pode configurar crime hediondo, conforme previsto no artigo 273 do Código Penal. O monitoramento contínuo de produtos cosméticos, segundo a agência, é essencial para prevenir riscos e garantir a segurança dos consumidores.

*Com informações da Agência Brasil

 

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