Sigla usará número 14 e terá Renan Santos como pré-candidato à Presidência
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou por unanimidade, nessa terça-feira (4), o registro do partido Missão, legenda ligada ao MBL (Movimento Brasil Livre. Com isso, o grupo passa a integrar oficialmente o quadro de partidos políticos do país e poderá disputar as eleições de 2026 com número próprio, o 14, antes pertencente ao extinto PTB.
Votaram a favor da criação da sigla os ministros Isabel Galotti, Antonio Carlos Ferreira, Floriano de Azevedo Marques, Estela Aranha, Nunes Marques e Cármen Lúcia, acompanhando o relator, ministro André Mendonça.
De acordo com o processo analisado pelo TSE, o partido cumpriu todas as exigências legais: foi registrado em cartório em 23 de outubro de 2023, comprovou a formação de diretórios em ao menos nove estados e apresentou 577.999 assinaturas válidas — quantidade superior ao mínimo exigido, que corresponde a 0,5% dos votos válidos da última eleição para a Câmara dos Deputados. A legenda também adequou seu estatuto às regras de prevenção e combate à violência de gênero, requisito obrigatório desde 2023.
Repercussão no Congresso
Logo após a decisão, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), um dos fundadores do MBL, comemorou o resultado em discurso no Plenário da Câmara:
“É com muita alegria que registro que acaba de ter o julgamento do partido Missão por 7 a 0. Está oficializado o nosso partido. Com muito orgulho, serei o primeiro deputado federal do partido Missão”, declarou.
Kataguiri agradeceu aos militantes e ao advogado Artur Rolo, responsável pela sustentação oral no julgamento, e anunciou que o partido terá Renan Santos — também cofundador do MBL — como pré-candidato à Presidência da República em 2026.
Próximos passos
Com o registro aprovado, o Missão poderá iniciar a filiação de representantes e participar do processo eleitoral já a partir de 2026, inclusive com acesso ao fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral, caso alcance as cláusulas de desempenho previstas em lei.
A legenda passa a figurar no cenário político como herdeira do discurso liberal do MBL, movimento que ganhou projeção nacional em 2015 nas manifestações pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
O partido ainda deve formalizar sua direção nacional definitiva e concluir o registro de seus diretórios estaduais para estar plenamente apto às disputas municipais de 2026 e às eleições gerais.
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