Desde o início do ano, Tiririca só voou uma vez para São Paulo, de acordo com os registros oficiais da Câmara. Foram 70 trechos voados entre Brasília e Fortaleza no mesmo período, ou seja, 35 viagens de ida e volta. Somente com esses deslocamentos aéreos a Câmara gastou R$ 70.760,57.
De acordo com as regras da Casa, a cota de passagens aéreas só deve ser utilizada para atividades relacionadas ao mandato e deslocamento do parlamentar para sua base eleitoral. Servidores só podem viajar se estiverem a serviço.
A Câmara expediu, ao todo, R$ 142,9 mil para o gabinete de Tiririca. Foram R$ 70,5 mil apenas para custear passagens de três servidores. Procurados, o deputado e sua assessoria declararam que não comentariam os motivos das viagens.
As passagens de uma assessora custaram R$ 40,2 mil, dos quais R$ 24,9 mil em viagens entre Brasília e Fortaleza, capital distante 2,3 mil km (em trajeto aéreo) da paulista, principal base eleitoral de Tiririca. Com outro assessor os gastos chegaram a R$ 20,7 mil. Já o terceiro somou R$ 5,6 mil. (João Fernandes com Exame e Congresso em Foco)