O suplente de senador e até a semana ex-presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul, Tenente Portela, afirmou que o deputado federal Marcos Pollon (PL) deve disputar o governo do Estado nas eleições de 2026. A possibilidade já é tratada nos bastidores, mas, segundo Portela, a legenda em Mato Grosso do Sul tem compromisso firmado com a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP). “O Pollon deve disputar, sim. Ele tem intenção de concorrer ao governo ou ao Senado. Mas o PL do Mato Grosso do Sul estará em apoio à reeleição do Eduardo Riedel. Esse é o compromisso”, destacou o dirigente.

Questionado sobre uma eventual saída de Pollon para outra sigla, como o PRTB, Portela admitiu que a movimentação não pode ser descartada. “Tudo pode acontecer. Ainda falta um ano e pouco para as eleições e temos a janela partidária em março do ano que vem. Pode ser que alguém deixe o PL, sim. Não podemos descartar”, avaliou.

O dirigente estadual afirmou que, caso Pollon concorra ao Senado, haveria espaço para uma discussão sobre sua permanência na legenda. No entanto, ressaltou que o parlamentar resiste em compor o grupo que vem se aproximando do PL em Mato Grosso do Sul. “Essa conversa já existiu, mas o Pollon não quer participar do grupo que está chegando ao partido”, observou.

Portela também comentou os rumores sobre a possibilidade de Eduardo Bolsonaro ser candidato à Presidência da República em 2026. Ele afirmou que mesmo diante do convite feito pelo PRTB ao deputado federal, a opção é outra. “Nosso candidato à Presidência chama-se Jair Messias Bolsonaro. Não tem outra possibilidade. O Eduardo é um excelente nome, mas isso não foi acordado”, disse.

Segundo ele, as diretrizes do PL seguem sendo definidas pelo ex-presidente. “Quem manda é Bolsonaro, que elegeu 101 deputados federais e 14 senadores pelo PL. Se ele determinar algo, é claro que todos vão cumprir. Bolsonaro está mais vivo e é o nosso candidato”, reforçou.

Espera

Já o deputado Federal Marcos Pollon disse que neste momento tem todo o foco da sua atuação é pela aprovação da anistia e vai tratar deste assunto até o mês de abril quando termina o prazo para a mudança de partido, caso ele decida concorrer a um cargo fora do PL. “Em 2024 o partido caminhava para ter uma candidatura a prefeito, mas acabou mudando de rumo, quem sabe não possa acontecer uma nova mudança nessa posição que está hoje”, afirmou o parlamentar.

Dentre outras possibilidades, Pollon já tem como alternativa, caso decida sair do PL, uma filiação ao PRTB, Partido Novo e Republicanos já estaria sendo articulada e até mesmo a possibilidade de ingresso em um outro partido. Pollon também fez questão de deixar claro que deve seguir alinhado ao deputado Eduardo Bolsonaro, inclusive caso concorra a presidência da República e, neste caso, ser candidato ao Governo do Estado, garantindo palanque para o filho do ex-presidente em Mato Grosso do Sul.

Brunna Paula