A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que o Brasil corre o risco de ter uma crise institucional em 2021 se Rodrigo Pacheco (DEM-MG) vencer a eleição para a presidência do Senado. Os 2 são concorrentes no pleito marcado para a próxima segunda-feira (1).
A congressista participou do programa Em Foco, da GloboNews, nesse sábado (30). Ela classificou sua candidatura como “independente e irreversível”.
Segundo ela, há um “risco institucional” na influência do presidente Jair Bolsonaro nas eleições na Câmara e no Senado. O Palácio do Planalto apoia Pacheco no Senado e o deputado Arthur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Câmara.
A senadora destacou a importância de Judiciário, Executivo e Legislativo permanecerem independentes. Afirmou ser imprescindível que o Legislativo “tenha um presidente ou presidenta que não seja escolhido pelo presidente de um outro Poder”.
“Infelizmente, como nunca vi até então, nós temos um Executivo com ingerência no Congresso Nacional. Não é apenas ingerência legítima, com pedidos de apoios republicanos. Estamos falando de cargos públicos externos, emendas extra orçamentárias na ordem de R$ 3 bilhões distribuídas para deputados, para senadores”, disse Tebet.
Pacheco, que também participou do programa, afirmou que o Senado continuará independente caso vença. “Todas as decisões do Senado serão tomadas livre e autonomamente pelos senadores e pelas senadoras, sem interferências externas”, disse.
Tebet defendeu que a Polícia Federal e o Ministério Público investiguem as falhas nas ações de combate à crise sanitária.