O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou nesta semana que a consultoria americana Alvarez & Marsal divulgue quanto o ex-juiz Sergio Moro recebeu ao deixar a empresa. A empresa para a qual Moro passou a trabalhar após pedir demissão do cargo de ministro da Justiça, trabalhou para a recuperação judicial da Odebrecht, entre outras companhias afetadas pela Operação Lava Jato.
De acordo com a CNN, o ministro Bruno Dantas decidiu que a firma tem de enviar “toda documentação relativa ao rompimento do vínculo de prestação de serviços” com o ex-juiz Sérgio Moro, incluindo datas das transações e valores envolvidos”.
Dantas acatou pedido feito pelo Ministério Público junto ao TCU. O procurador Lucas Rocha Furtado argumentou que a corte deve obter as informações para avaliar se houve suposto conflito de interesses ou ainda “favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas “.
Dantas também determinou que o Conselho Nacional de Justiça, as corregedorias dos Tribunais de Justiça, “a título de cooperação ” enviem informações sobre todos os processos de recuperação judicial que a companhia americana atuou de 2013 para cá, discriminando a remuneração para a companhia pelos serviços.
Lado do ex-juiz
Pelo Twitter, Sergio Moro afirmou que permaneceu por 23 anos na carreira pública, lutou contra a corrupção “como ninguém jamais havia feito”, trabalhou “honestamente no setor privado para sustentar” sua família. Moro afirmou ainda que nunca pagou ou recebeu propina, fez “rachadinha” ou comprou “mansões”.
“Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do Procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, afirmou o ex-juiz.
(Com informações CNN)