TCU abre apuração contra o ex-presidente da Caixa

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TCU - Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu apuração sobre as denúncias de assédio sexual contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, nesta segunda-feira (4).

O TCU atendeu a pedido do Ministério Público de Contas, feito pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado.

O pedido afirma que “quando praticado no âmbito da administração pública, o assédio gera a percepção, na sociedade, de que as instituições estatais não se pautam em valores morais nem são conduzidas segundo elevados padrões de conduta”.

Em seu texto para iniciar a investigação, o Tribunal afirmou que, caso comprovado os assédios, se configura uma violação do princípio da moralidade na administração pública, definido na Constituição.

“Apurar as notícias de que o sr. Pedro Guimarães, no exercício da presidência da Caixa Econômica Federal, cometeu assédio sexual e moral contra empregadas e empregados daquela instituição financeira pública, o que, além de caracterizar prática criminosa, configura flagrante violação ao princípio administrativo da moralidade, previsto expressamente no caput do artigo 37 da Constituição”, diz o Tribunal.

O caso

Na última sexta-feira, outra mulher denunciou Pedro Guimarães por assédio sexual. O relato soma a outras denuncias contra o ex-presidente. Funcionárias embasaram uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a conduta de Guimarães. Desde esta terça (28), sob a condição de anonimato, se tornaram públicos relatos de servidoras contando ações do ex-presidente.

Elas contam, por exemplo, que o agora ex-presidente da Caixa as chamava para o quarto dele em hotéis durante viagens oficiais, pedindo remédios ou carregador de celular. Quando elas chegava, ele as recebia com trajes inadequados.

As funcionárias relatam também abraços forçados, em que ele passava a mão por partes íntimas delas.

 

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