A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento foi realizado em plenário virtual e terminou com placar de 5 a 0 a favor da manutenção da prisão.
Braga Netto foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob acusação de envolvimento no chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A defesa do general, que concorreu como vice de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022, havia apresentado recurso à Primeira Turma do STF, mas o pedido foi rejeitado.
A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, relator do caso. Todos votaram a favor da manutenção da prisão de Braga Netto, reforçando o entendimento de que há elementos suficientes para manter o general sob custódia enquanto as investigações prosseguem.
A denúncia da PGR aponta que Braga Netto teria participado ativamente de reuniões e articulações para tentar reverter o resultado das eleições de 2022, que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A suposta tentativa de golpe envolvia militares e membros do governo Bolsonaro em uma estratégia para deslegitimar o processo eleitoral e impedir a posse de Lula.
Braga Netto está preso preventivamente desde que o STF autorizou a operação contra os envolvidos no esquema. A decisão reforça a posição da Corte em avançar com as investigações sobre os atos antidemocráticos que marcaram o período pós-eleitoral.
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