O deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, mais conhecido como “Tio Trutis” (PSL), acusado pela Polícia Federal de forjar um atentado contra si e preso no último dia 12 com armas de fogo sem registro, tem cinco dias para apresentar defesa na Corregedoria da Câmara Federal, após abertura de processo para decidir se houve quebra de decoro parlamentar.
A pena pode variar até a perda do mandato. O deputado corregedor da Casa, Paulo Bergston (PTB- -PA), abriu o inquérito interno após o STF (Supremo Tribunal Federal) enviar, na semana passada, ao Parlamento os detalhes do caso no qual Trutis é acusado pela ministra Rosa Weber de porte de arma de uso restrito, disparos de arma de fogo em via pública e falsa comunicação de crime de atentado.
O jornal O Estado tentou resposta da assessoria de Bergston, mas não obteve resposta até a conclusão desta reportagem. Até então, Trutis não havia sido pronunciado na Comissão de Ética da Câmara por nenhum partido ter entrado com representação contra ele, segundo a assessoria da Casa. A reportagem apurou que duas bancadas com representação de deputados de Mato Grosso do Sul buscam informações sobre os desdobramentos da operação que prendeu Trutis para pedir providências. O PT, que no Estado tem Vander Loubet em seu quadro, é um dos que estariam de olho, apesar de não confirmar nada oficialmente.