O Supremo Tribunal Federal (STF) deu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em dois pedidos para que o presidente Jair Bolsonaro e o filho dele, o vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, sejam investigados por suposta obstrução da Justiça no caso Marielle. O prazo foi feito nesta terça-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes.
“Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República para que se manifeste no prazo de 15 dias”, disse Moraes em despacho publicado.
De acordo com informações da Reuters, os pedidos apresentados pela Associação Brasileira de Imprensa e pelo PT têm como base o fato de Carlos Bolsonaro ter dito que acessou as gravações da portaria no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde mora um dos acusados do assassinato da vereadora.
No início deste mês, Bolsonaro afirmou que obteve acesso ao material das ligações realizadas antes que ele fossem “adulteradas”.
Entenda o caso:
Um porteiro do condomínio —onde Bolsonaro e seu filho também têm casa— disse inicialmente à Polícia Civil que “seu Jair” autorizou, no dia 14 de março de 2018, a entrada do ex-policial militar Élcio de Queiroz no local. Élcio e o policial reformado Ronnie Lessa, também morador do condomínio, respondem pelo assassinato da vereadora.
O presidente, contudo, não estava no local no dia da morte de Marielle —estava na Câmara dos Deputados, em Brasília. Posteriormente, o porteiro recuou de seu depoimento inicial e disse ter se enganado.
(Texto: Jéssica Vitória com informações da Reuters)