Soraya Thronicke defende “direita racional” e não promete apoio à reeleição de Bolsonaro

Foto: Divulgação/Assessoria
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A vice-líder do governo no Congresso e senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) tem batido na tecla de que é preciso construir uma “direita racional”. Ao Estadão/Broadcast Político, a parlamentar defendeu limites à liberdade de expressão, um Estado laico e uma direita sem extremistas.

Aos 48 anos, a advogada e empresária não promete apoio à reeleição do presidente. “Se ele estiver do lado das (nossas) bandeiras, de repente eu estarei (com ele). Eu sou fiel aos princípios. Se ele não é, ele é que não estará ao nosso lado”, diz.

”Nas bandeiras às quais ele se mantém fiel, sim. Eu sou fiel às bandeiras da direita de verdade, como Estado mínimo, liberdade econômica, até mesmo a bandeira armamentista. Mas, acima de tudo, defendo a bandeira anticorrupção, que foi deixada de lado. A fidelidade tem que ser aos princípios e às bandeiras. Foi com isso que eu me comprometi e foi com isso que lá na campanha nós nos unimos. Essa ‘direta kamikaze’ se autodestrói”, critica.

Na entrevista, Soraya explicou sobre o termo ”direita racional,”Nós fomos eleitos levando a bandeira da direita, que estava adormecida e emergiu. Mas misturaram os assuntos. Eu comecei a perceber esses “gaps” na compreensão, coisas esdrúxulas. Eu tenho falado em direita responsável porque a gente está vendo que ficou pejorativo ser de direita.”

”Um monte de gente não sabe o que é ser de direita, não sabe quais são as bandeiras que nós carregamos, não age dentro de uma economia liberal que era a nossa maior proposta. Se somos Estado mínimo, o que a sexualidade das pessoas tem a ver com o Estado? Esses malucos que falam pela direita, para mim, nem de direita são”, completa.

Questionada sobre os ataques que a senadora recebeu por ser donas de móteis, ela argumenta que ”Não são liberais na economia? Eu pago imposto, eu emprego, inclusive presidiárias. Minha atividade é legal. Os liberais da economia me criticam e querem usar (isso) contra mim. E aí também entra outra questão: o que é liberdade de expressão? Quer dizer que se eu tenho liberdade de expressão – e ainda tenho imunidade parlamentar – posso te xingar à vontade? Venha com uma atitude que soma. Essa não é solução para absolutamente nada.”

(Com informações O Estado De S. Paulo com Estadão)

 

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