A candidata à presidência do Senado Federal Simone Tebet (MDB-MS) oficializou que vai concorrer ao cargo de forma independente, após o afastamento da campanha pelo MDB. Em coletiva de imprensa na tarde de hoje, Tebet disse que recebeu um telefonema do líder do partido, Eduardo Braga, “liberando-a de qualquer compromisso” com a sigla.
Segundo a senadora, a legenda alegou não poder dar suporte suficiente à parlamentar, em face da eleição estar próxima, marcada para o dia 1° de fevereiro. Mesmo preterida, ela alegou que mantém uma boa relação com a sigla da qual é filiada e que o coligado líder na Casa afirmou que ainda votará na senadora e a apoiará até o “último minuto”.
“Hoje estou no MDB e quero continuar no MDB”, alegou, sem confirmar se seguirá filiada após março. Tebet também confirmou que a bancada do Podemos e da Cidadania seguem com ela, como haviam indicado anteriormente.
À imprensa, a parlamentar deixou claro que não se trata de uma candidatura avulsa, mas sim independente, e que não pretende ser uma concorrente da oposição estando “a favor do Brasil”.
Apesar do discurso, alfinetou o principal adversário, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao acusar o candidato de trocar cargos por votos junto ao Palácio do Planalto. “A independência do Senado Federal está comprometida porque temos um candidato oficial do governo federal”, acusou.
Reforma tributária e auxílio emergencial
Tebet reforçou o compromisso em retomar a discussão da reforma tributária na Casa e continuar com o auxílio emergencial mesmo que o Congresso Nacional tenha que “cortar da própria carne”.
A senadora segue em apelo às causas sociais e retornou, durante a coletiva, o discurso de ser a primeira mulher a concorrer ao cargo no Senado. Ao fim, ganhou um manifesto do movimento negro apoiando a sua candidatura, mesmo que independente.
(Com informações: Uol Notícias)