Simone Tebet defende corte de políticas ineficientes para viabilizar investimentos no Brasil

Foto: reprodução/ApexBrasil
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Durante o 7º Fórum Brasil de Investimentos, realizado em São Paulo na segunda-feira (28), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou a necessidade de o governo eliminar políticas públicas ineficientes para abrir espaço para investimentos essenciais, especialmente em infraestrutura . O evento foi organizado pela ApexBrasil em parceria com o governo federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Em seu discurso, Tebet afirmou que o ajuste fiscal é fundamental para a realização de políticas sociais sustentáveis, apontando que o país precisa ter “coragem de cortar aquilo que é ineficiente”. Segundo o ministro, o foco agora deve estar em eliminar políticas que não tragam retornos efetivos, para que o governo possa direcionar recursos para investimentos cruciais, incluindo rodovias, ferrovias, cabotagem, portos e aeroportos.

“A questão agora não é apenas fazer superávit, mas garantir que o Brasil faça os investimentos necessários, inclusive em infraestrutura. Precisamos, no mínimo, dobrar os investimentos no setor”, declarou. A Tebet também destacou a importância de parcerias, tanto com investidores estrangeiros quanto nacionais, para alcançar essas metas.

O ministro já havia defendido a necessidade de uma revisão estrutural dos gastos no último dia 15, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na ocasião, ambos discutiram alternativas para o desafio fiscal do Brasil. Para Tebet, aumentar a receita não é suficiente; é essencial revisar e otimizar as despesas do governo.

No evento, Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também defendeu a importância de uma abordagem seletiva nos cortes de gastos. Mercadante enfatizou que o governo precisa reduzir despesas “com seletividade e planejamento, sem comprometer o crescimento econômico e os investimentos”. Ele acredita que o Brasil reúne condições adequadas — como emprego, controle da inflação e um bom nível de satisfação social — para atingir o chamado “grau de investimento”.

 

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