A senadora Simone Tebet, candidata à presidência do Senado Federal, que acompanhou o deputado Baleia Rossi durante visita a Campo Grande, ontem (19), destacou que trabalha intensamente para conquistar apoios, inclusive dos senadores do Estado Soraya Thronicke (PSL) e Nelson Trad (PSD), cujos partidos podem fechar com outro candidato
O PSL anunciou há alguns dias que vai lançar Major Olímpio, ao passo que o PSD anunciou apoio a Rodrigo Pacheco (DEM) concorrente de Simone. E apesar de haver a orientação partidária obviamente a senadora Simone já iniciou articulações para pedir votos. A parlamentar afirmou que ainda não existe posicionamento oficial.
“Conversei com a Soraya. É importante lembrar que ela faz parte de um partido. A depender dela, existe o voto em mim, até pela amizade que temos de muito tempo. Eu sei da intenção dela enquanto mulher na vida pública de servir ao Mato Grosso do Sul. Ela faz parte do PSL e deve conversar com o Major Olímpio que é candidato e pode desistir. Enquanto isso não for resolvido, ela não pode se pronunciar. Mas eu afirmo com toda a tranquilidade que a conversa foi muito positiva. Em relação ao senador Nelson Trad, o partido dele também caminhou para uma candidatura que não seja a minha. Eu fiz o primeiro gesto e falei para o irmão dele, Fábio Trad, votar em Baleia Rossi na Câmara, agora falta pedir para o Nelson Trad votar em mim.”
A senadora, que participou do encontro com a diretoria do MDB junto a Baleia Rossi, destacou que o partido está presente em momentos históricos e essenciais para o país, e a favor da democracia. A parlamentar também afirma que as candidaturas no Senado e na Câmara Federal não são de oposição e sim de independência harmônica. “Porque o momento de crise exige união de todos. Não podemos admitir a subordinação a qualquer poder e a dependência do Legislativo fere de morte a democracia”, disse a parlamentar, que não tem dúvidas sobre a eleição de Baleia Rossi na Câmara.
Com campanha recente, Simone diz que possui coragem e não vai desistir, apesar de estar enfrentando um forte candidato da máquina pública. Novos apoios devem ser anunciados em breve. “A gente só vai oficializar isso no fim de semana, pois tem alguns partidos que estão abrindo mão de candidaturas, então a gente não pode adiantar. Oficialmente temos o Podemos que tem a maior bancada e o Cidadania. Temos conversado com o PSL que pode abrir mão de candidato. Estamos conversando com o PSB. A nossa campanha tem apenas uma semana e é diferente da campanha do Pacheco. Enfrento duas máquinas. Enfrento a máquina do governo com ministérios e cargos, enfrento a presidência do Senado, que tem um presidente que também fez muitos favores. Isso tudo, em vez de me desestimular, mais me anima. Exatamente por ter tanta força política em nome de um político, eu percebi que ‘chapa branca’ não dá. Ainda mais nesse momento de crise, temos de ter um contraponto.”
Ela afirma que é difícil, mas não impossível e se sente vitoriosa de ser a primeira mulher do Senado a se candidatar ao cargo. “Já que o outro candidato saiu com inúmeros partidos, nós estamos conversando com cada homem e mulher do Senado Federal, que pensa igual a nós. Que democracia se faz com construção harmônica, jamais de subserviência e com independência.”
(Texto: Andrea Cruz)