O juiz Albino Coimbra Neto puniu o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, após ele gravar um vídeo pedindo votos para o candidato a governador Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB). A suspeita é que a filmagem foi realizada dentro do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, e por ser interno do regime semiaberto, o pastor não pode ter acesso a celular.
No vídeo, o ex-prefeito pede que os “amigos e irmãos” não compartilhem o conteúdo com pessoas que não sejam de confiança. Ele também diz que a esposa de Contar, Iara Diniz, foi seu braço direito quando esteve à frente de Prefeitura e que, se eleito, o militar o ajudará a fazer justiça.
Na decisão, expedida no início da tarde hoje (18), o juiz Albino Coimbra determina que seja realizada revista na cela de Olarte, para que o aparelho utilizado para gravar o vídeo seja apreendido. É pedido também que todos os empregadores que utilizam da mão de obra do semiaberto reforcem a proibição do uso do aparelho “mesmo que o trabalho seja em lugar externo”.
O magistrado ainda observou que “o sentenciado está cumprindo pena em regime prisional semiaberto e a utilização de telefone celular na unidade prisional caracteriza a falta disciplinar de natureza grave”.
Até que o caso seja investigado, o regime semiaberto de Olarte, conseguido por sua defesa em junho deste ano, está suspenso. Um Procedimento Administrado Disciplinar será aberto “para rigorosa apuração de todas as circustâncias de gravação do referido vídeo (local, dia e equipamento utilizado) fiando suspensa a decisão que concedeu autorização para estudo noturno até conclusão da apuração”.
O judiciário ainda afirma que o ex-prefeito terá direito a uma audiência de justificativa, podendo piorar sua pena ou ser declarada uma nova.
Olarte saia todos os dias para trabalhar no setor de contabilidade de uma construtora, e tinha direito a saídas noturnas para estudar.
Com informações do repórter Willian Leite
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