O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu que países ricos paguem para que áreas do bioma da Amazônia que poderiam ser legalmente desmatadas continuem intactas. Ao jornal Financial Times, Salles afirmou que um valor de 120 dólares por ano por hectare seria suficiente para remunerar fazendeiros e moradores locais que não explorassem suas terras.
Proprietários de terras na Amazônia têm direito de explorar até 20% de suas áreas, segundo o Código Florestal. O mecanismo sugerido por Salles seria aplicado a essas áreas privadas passíveis de serem exploradas dentro da lei, e não a unidades de conservação ou terras indígenas, nas quais 100% do território deve ser mantido intacto.
“O custo de oportunidade [de preservar a floresta] deve ser pago por alguém, e quando nós dizemos alguém, isso significa aqueles que têm os fundos ou as fontes financeiras necessárias para isso”, afirmou o ministro.
Segundo estimativa feita pelo Financial Times, se a proposta de Salles fosse aplicada a toda a área da Amazônia que pode ser explorada legalmente, o montante a ser transferido seria de 12 bilhões de dólares por ano. (Portal Terra)