O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse a senadores que a prática da pecuária reduziria os incêndios no Pantanal. As declarações foram feitas na manhã desta terça-feira (13) à comissão do Senado que acompanha o combate ao fogo no bioma.
“Grande parte desses incêndios não decorre de ações de produtores rurais”, disse o ministro do Meio Ambiente. “A principal causa é a questão do clima quente, seco, ventos fortes”, afirmou ele.
Salles defendeu ainda a realização de queimadas controladas para reduzir a disponibilidade de massa orgânica seca, que alimenta os incêndios. O raciocínio sobre a pecuária é semelhante: os bois comem o capim que poderia alimentar as chamas.
“Há medidas que nós podemos e continuaremos fazendo para não só prevenir. E, para isso fazer os aceiros, permitir a criação de gado no Pantanal como forma de reduzir a massa orgânica, permitir que seja feita a queima controladas”, disse Salles aos senadores.
Salles também disse que é necessário usar retardante de fogo, um produto químico, para ajudar no combate às chamas.
Segundo Salles, é necessário “prestigiar e a apoiar aqueles que fazem boas práticas”. O Ministro afirma que um ambiente muito restritivo pode inviabilizar a atividade econômica no local. No raciocínio do ministro, o impedimento da atuação de fazendeiros reduziria as possibilidades de vida da população e estimularia mais desmatamento.
Questionado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que sugeriu que o Pantanal seja incluído no Conselho da Amazônia até 2025, ele disse que não é necessário incluir o bioma na área de atuação do conselho, comandado pelo vice-presidente general Hamilton Mourão, para que as Forças Armadas atuem no combate ao fogo.
“O emprego das Forças Armadas se dá com decreto presidencial, não se faz no âmbito do Conselho da Amazônia”, afirmou Salles. “Fato esse que aconteceu, as Forças Armadas estão no Pantanal”, declarou.
(Com informações: Poder 360)