A escolha do mês segue o calendário mundial, já que no dia 11 de abril é comemorado o Dia Mundial do Parkinson.
Campo Grande terá o projeto de lei nº 10.289/21, instituindo no calendário de comemorações oficiais da Capital o Mês da Conscientização sobre a Doença de Parkinson – Abril da Tulipa Vermelha. A proposta foi aprovada na sessão de hoje (23) da Câmara de Vereadores de Campo Grande e agora segue para sanção do prefeito Marcos Trad.
“Nós queremos conscientizar para que as pessoas não sofram tanto com essa doença que é degenerativa. As pessoas ficam deprimidas e meu pai morreu em decorrência dessa doença e ele tinha vergonha de comer fora de casa ou cumprimentar as pessoas, pois ele tremia muito. Então precisamos conscientizar as pessoas sobre a doença e para isso vamos fazer uma grande mobilização em toda cidade”, comentou Guerreiro lembrando do falecimento do seu pai José Roberto em setembro último.
Guerreiro também espalhou pelo plenário da Câmara o trabalho feito pelas crianças do 4º ano B da Escola Municipal Nerone Maiolino. “Essas tulipas foram feitas pelos alunos da professora Márcia Xavier, que depois de uma conversa sobre o tema discutiram a doença e entenderam que o Parkinson atinge muitas pessoas em nossa cidade”, ressaltou.
Ronilço também lembrou que as consequências da doença levam as pessoas à morte. “Uma das consequências que pode levar a morte é a questão da broncoaspiração, ou seja, como quem tem Parkinson fica com a deglutição comprometida, alimentos e saliva podem ser ingeridos por via respiratória e consequentemente levar a morte, como foi o caso do meu pai. Assim como minha família, muitas outras sofrem com essa doença e não contam com acesso fácil às informações e conscientização. Muitas vezes, sabendo como agir, podemos até melhorar o atendimento e qualidade de vida de quem está sofrendo”, disse.
Pela proposta, no mês de conscientização será inserido na comunidade a temática sobre a Doença de Parkinson; despertar os diversos profissionais para o fato de que seus diferentes conhecimentos podem contribuir para retardar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes; promover a divulgação de informações e o amplo debate sobre a Doença de Parkinson e seus sintomas, como meio de levar as pessoas ao conhecimento do acometimento precoce e de evitar situações constrangedoras e discriminatórias vivenciadas por portadores da patologia; entre outros.