Rodrigo Paz vence eleições e encerra hegemonia do partido de Evo Morales na Bolívia

Rodrigo Paz, Presidente eleito na Bolívia - Foto: reprodução/AFP_Tickers
Rodrigo Paz, Presidente eleito na Bolívia - Foto: reprodução/AFP_Tickers

O senador de centro Rodrigo Paz foi eleito novo presidente da Bolívia, ao vencer o conservador Jorge “Tuto” Quiroga no segundo turno das eleições presidenciais. Segundo a contagem inicial oficial do TSE (Tribunal Supremo Eleitoral), Paz obteve 54,53% dos votos, contra 45,47% de Quiroga. A vantagem é considerada irreversível, embora os resultados finais devam ser confirmados em até sete dias.

Com a vitória, Rodrigo Paz põe fim a quase duas décadas de domínio político do MAS (Movimiento al Socialismo), partido fundado por Evo Morales, que governou o país de forma quase ininterrupta desde 2005. O novo presidente assume o cargo em 8 de novembro.

Eleição sob novo sistema de contagem

Esta foi a primeira eleição realizada com um novo sistema de apuração de votos, implementado após as denúncias de fraude nas eleições de 2019, episódio que provocou a renúncia de Evo Morales e desencadeou uma grave crise política e institucional. O objetivo, segundo o TSE, foi garantir mais transparência e agilidade na divulgação dos resultados.

Quem são os candidatos

Rodrigo Paz, de orientação centrista, defende políticas econômicas moderadas, diálogo entre diferentes setores políticos e maior aproximação com parceiros internacionais. Já Jorge Quiroga, ex-presidente e representante do campo conservador e liberal, pautou sua campanha em reformas de mercado e no combate à corrupção.

Desafios do novo governo

A vitória de Paz marca uma mudança de rumo político na Bolívia, mas também traz grandes desafios. O país enfrenta fragilidade econômica, com queda acentuada nas exportações de gás natural, inflação em alta e escassez de combustíveis. Esses problemas têm sido a principal preocupação dos eleitores e prometem dominar a agenda do novo governo.

Analistas políticos avaliam que a eleição de Rodrigo Paz pode representar uma nova etapa de estabilidade e reconstrução institucional, após anos de polarização. O resultado também sinaliza um redirecionamento da política externa boliviana, possivelmente mais aberto à cooperação regional e ao investimento estrangeiro.

 

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