O governador Eduardo Riedel afirmou, na manhã desta segunda-feira (8), que solicitou o apoio da bancada federal de Mato Grosso do Sul para garantir a inclusão de recursos no orçamento da União destinados à duplicação de dois trechos considerados estratégicos, a BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia, e a BR-262, no segmento que liga a Capital a Aquidauana. Segundo ele, o Estado tem avançado nos investimentos da malha rodoviária estadual, ao mesmo tempo em que aposta na concessão da Rota da Celulose para melhorar a infraestrutura e as condições de tráfego.
Em entrevista ao Bom Dia MS, Riedel destacou que a expectativa é de que o contrato da Rota da Celulose seja assinado em janeiro, permitindo que o Consórcio Caminhos da Celulose inicie as obras previstas já em 2026. Entre as intervenções pactuadas estão a implantação de terceiras faixas, construção de praças de pedágio e instalação do sistema de cobrança free flow, modelo sem barreiras físicas. O contrato também prevê a duplicação da BR-262 entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, trecho que passou a registrar fluxo intenso com a expansão do setor de celulose no leste do Estado.
De acordo com o governador, a soma dos investimentos da Rota, formada pelas rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além das federais BR-262 e BR-267, e da BR-163, administrada pela Motiva Pantanal, representa mais de 1.700 quilômetros de melhorias viárias. “Isso muda muito a qualidade”, afirmou. Sobre a MS-040, que liga Campo Grande à região de Santa Rita do Pardo e dá acesso a Bataguassu, ele disse que a atuação da nova concessionária deverá promover uma transformação significativa. Além da recuperação do pavimento, citou a necessidade de garantir conectividade, já que longos trechos não possuem cobertura de sinal, o que deixa motoristas vulneráveis em caso de emergência.
Riedel também avaliou que a atual malha viária não acompanha o ritmo de expansão econômica de Mato Grosso do Sul, impulsionado por investimentos robustos nos setores de celulose, plantio de eucalipto, laranja, grãos e biocombustíveis. A infraestrutura, segundo ele, precisa acompanhar o avanço dessas atividades.
O governador mencionou ainda dois movimentos recentes do Governo Federal que considera estratégicos para o Estado. Um deles é o avanço nos atos de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, que classificou como “uma mudança de paradigma”. Outro é a inclusão da Malha Oeste no plano de concessão de ferrovias — demanda antiga diante do subaproveitamento do transporte ferroviário, especialmente para combustíveis e minérios.
Na avaliação de Riedel, a articulação entre os três modais, rodoviário, hidroviário e ferroviário, é essencial para consolidar o eixo de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul nos próximos anos.
Acesse as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais