Relator da CPI Energisa, Capitão Contar diz que irá até o fim com investigação

Foto: Assessoria
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A CPI da Energisa, que ficou paralisada por dois anos por conta das restrições da pandemia por Covid-19 e depois por manobras da Energisa, que entrou com Mandado de Segurança para barrar as investigações, retomou os trabalhos nesta segunda-feira (2 de maio) com reunião entre os membros da Comissão para estabelecer os próximos passos da investigação, que tem como objetivo determinar se existe ou ou não irregularidades nos relógios da concessionária.

Quando foi paralisada, a CPI já havia coletado 93 dos 200 relógios sorteados entre 3 mil reclamações para o Procon-MS. Em junho de 2021, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu a favor da aferição dos relógios no laboratório da USP- São Carlos. No entanto, a instituição desistiu de realizar o trabalho alegando que estava com muitos projetos e não teria tempo. Sem deixar-se abalar, a comissão encontrou outra instituição com tanta credibilidade quanto a USP- São Carlos, a Escola Politécnica (Poli) da USP, que é como a outra instituição acreditada pelo Inmetro.

“Estamos ansiosos para retomar e concluir os trabalhos da CPI, respondendo aos inúmeros questionamentos da população. Foram muitos os contratempos e obstáculos que enfrentamos, mas estou confiante que nada mais vai nos impedir de ir a fundo nessa investigação”, declarou Capitão Contar, relator da CPI. Os próximos passos da comissão serão retomar e finalizar a coleta dos relógios que serão enviados para a Poli da USP, que realizará a aferição dos equipamentos. Para isso, a comissão está elaborando um cronograma de trabalho que será divulgado em breve.

CPI ENERGISA

Capitão Contar foi o primeiro deputado a propor em 2019 a instalação da CPI Energisa em Mato Grosso do Sul, quando coletou as assinaturas necessárias para abertura da investigação. No entanto, os outros deputados mudaram de ideia e retiraram as assinaturas, impedindo a abertura. Quando finalmente foi instalada, Capitão Contar foi nomeado relator. Desde então enfrenta todos os obstáculos impostos para tentar barrar a CPI, inclusive recorreu à justiça pelo direito de manter a aferição dos relógios na instituição determinada pela CPI.

A investigação nasceu em decorrência das milhares de reclamações dos sul-mato-grossenses. A empresa Energisa-MS é campeã de reclamações no Procon-MS. Dos assuntos indagados pelos consumidores estão: cobrança indevida ou abusiva, dúvidas sobre cobrança, sobre valores, sobre reajustes, além de resolução de demandas pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).

Com informações da assessoria.

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