A intenção deve ser criar uma federação, para evitar que o partido seja extinto
Ocorreu em Inocência nessa quarta-feira (9), a inauguração da Pedra Fundamental da fábrica de celulose da empresa Arauco, que reuniu diversas autoridades do Mato Grosso do Sul e do Brasil, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet, do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e o ex-governador, Reinaldo Azambuja, presidente regional e tesoureiro do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). Ele aproveitou para falar sobre o futuro da legenda, que é dominante no estado e que tem sido alvo de especulações.
Ao ser questionado sobre o plano do partido que já foi “cortejado” pelo MDB, PL, Podemos, PSD e Republicanos para uma federação que ampliará a força dos partidos visando as eleições de 2026, Reinaldo Azambuja confirmou novamente que a união irá ocorrer com uma legenda de centro-direita e que até o final de 2025, haverá uma “grande migração”.
“A fusão vai ocorrer, não só para o PSDB, mas para a maioria das forças partidárias que irão se unir e tentar se consolidar como partido. É um partido de centro-direita que vamos unir. Hoje nós temos Podemos, Solidariedade, Republicanos. Eu acho que até a nossa data final no fim de abril, teremos uma posição”, alegou.
Conforme o ex-governador, a partir das definições que se desdobrarem sobre o PSDB, os filiados poderão decidir se permanecem com a liderança do grupo, ou desertam. O partido tem 43 prefeitos e seis deputados estaduais (25%) da Assembleia Legislativa, mas está em declínio na Câmara Federal, com 18 parlamentares, enquanto o Republicanos, primeiro partido à frente, tem 40. O maior partido é o PL, com 99 deputados federais, a legenda é comandada por Valdemar Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que inclusive teve encontros com Azambuja e o governador Eduardo Riedel, para acertar uma junção.
“Cada filiado vai escolher se continua no partido, se migra para outro partido. Mas eu não tenho dúvida que nós vamos ter de agora até o final de 2025, uma grande migração e o encolhimento do tamanho das forças políticas e partidárias do Brasil, que é bom para a democracia e tenho certeza que fortalece o projeto nacional que se vislumbra no ano de 2026”, concluiu Reinaldo Azambuja.
Os dirigentes do PSDB em Mato Grosso do Sul continuam em negociações, em fevereiro, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo esteve em Campo Grande e as lideranças do partido já sabem que não poderão continuar do jeito que está.
Por Carol Chaves e Roberta Martins
Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais
Pautados para esta quinta-feira projetos de proteção de direitos e de incentivo econômico