O MDB-MS reuniu os principais membros do Diretório Estadual ontem a tarde (18). E o atual presidente, ex-governador André Puccinelli anunciou a saída do cargo e nova direção do ex-deputado estadual Júnior Mochi. O objetivo de Puccinelli é ter mais mobilidade para preparar os diretórios municipais de Mato Grosso do Sul rumo às eleições 2020.
Em conversa com Mochi, ex-candidato a governador pela sigla, foi dito que além da saída de André, outras tratativas foram discutidas na reunião a portas fechadas.
“Questões internas e relacionadas a eleições municipais. Temos 62 diretórios constituídos, alguns que foram suspensos as convenções estamos tentando chegar a um consenso com comissões provisórias, de forma que queremos o MDB presente nos 79 municípios”, explicou.
Mochi afirma que houve a regularização fiscal de todos os diretórios para não haver problemas o ano que vem e que ele dará continuidade ao trabalho de Puccinelli. Com o aceite de Mochi à convenção marcada para o dia 15 de dezembro deve ter um consenso de todos os delegados, oficializando a presidência e nova diretoria.
Sobre a saída do mandatário da sigla, Mochi disse que antes de aceitar o convite conversou com o deputado estadual Renato Câmara, que acenava vontade pelo cargo. Porém, o deputado deve trabalhar com diretórios de Dourados e Vale do Ivinhema em 2020.
“Ele [André Puccinelli] submeteu a vontade a todos os membros da executiva, houve uma aceitação por unanimidade, eu fiz uma justificativa inicial. Quando recebi o convite eu tinha um pré-compromisso com o deputado estadual Renato Câmara, e fiz essa conversa primeiro com ele, para depois aceitar. O deputado indicou que não haveria problemas e que deseja ficar com uma certa liberdade para organizar a Executiva de Dourados o ano que vem”, explicou.
O futuro presidente adiantou que o partido tem nomes fortes e que pretende buscar novas lideranças. O plano é de que até o dia 28 de fevereiro de 2020 todos os candidatos já tenham sido definidos. Além das candidaturas a cargo de prefeito, a sigla pretende lançar entre 40 a 58 candidatos a vereador no interior e na Capital.
“O partido está avaliando a entrada de muitas pessoas e existem lugares que o MDB tem candidato e possui pessoas de outros partidos que pontuam possibilidade de coligação e de termos candidaturas na cabeça e fazendo composição, objetivando ter maior bancada de vereadores eleitos e maior número de prefeitos nos municípios. Tudo isso, claro objetivando as eleições 2022”, diz Mochi.
Os nomes dispostos a pré-candidatos da Capital são os mesmos por enquanto: deputado estadual Márcio Fernandes, Tânia Garib, o próprio Júnior Mochi e vereadores Loester Nunes e Wilson Sami.
Puccinelli quer fortalecer o MDB
Fato de André ter a vontade de participar efetivamente das eleições municipais e alavancar o partido pesou na decisão de deixar o cargo de presidente, segundo o ex-governador.
“Eu que pedi [para sair] para que pudesse ficar mais liberto, porque na presidência eu tenho que dar expediente, tenho que assinar documentos e isso toma tempo. Foi consensual e a sugestão do nome do Mochi foi minha no sentido que eu possa atuar melhor em todo o Estado”, afirmou Puccinelli.
O ex-governador quer percorrer municípios, organizar diretórios e enfrentar de perto as eleições para fazer candidatos chegarem às cadeiras. Questionado se a liberdade para percorrer o Estado era uma premissa para sair candidato, ele negou.
“Já temos 31 candidatos bons para o cargo de vereador em Campo Grande, sendo 12 mulheres e isso é difícil. Vamos preencher os 58 candidatos e não tendo expediente com questões burocráticas, nós vamos fazer muitos vitoriosos”.
A nova diretoria deve ser composta pelos emedebistas Renato Câmara como secretário geral, Eduardo Rocha líder do partido, Márcio Fernandes, Loester e Wilson compondo.
(Texto: Alberto Gonçalves)