A Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou ontem (4) o aumento no valor do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões. A medida vai turbinar o caixa dos partidos na disputa do próximo ano, em especial do PT e do PSL. Ambas as siglas terão quase 20%, equivalente a R$ 730 milhões para distribuir aos seus candidatos a prefeito e vereador.
De acordo com informações do Terra, essa será a primeira eleição municipal cuja os recursos provêm majoritariamente dos cofres públicos. As contribuições de pessoas físicas são permitidas, mas limitadas a 10% da renda do doador no ano anterior, tornando assim improvável que outros partidos tenham tanto dinheiro quanto o PT e o PSL para impulsionar seus candidatos.
O fundo eleitoral é alimentado com dinheiro do Tesouro e se destina a financiar gastos das campanhas, como viagens, cabos eleitorais e material de divulgação. Protagonistas de recentes escândalos, o PT e o PSL ficam com a maior parte do dinheiro porque elegeram mais deputados e senadores em 2018. Os petistas terão R$ 376,9 milhões, enquanto que o ex-partido de Jair Bolsonaro vai embolsar R$ 350,4 milhões, quantia 37 vezes maior do que teve na disputa presidencial de 2018.
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que seu partido ganhou o direito a ter a maior fatia do fundo eleitoral “nas urnas”. “É proporcional ao número de votos que cada partido teve na última eleição e a população nos conferiu essa condição de ser a maior bancada.”
Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, afirmou que o partido está preparado para administrar tanto dinheiro. “Temos o maior sistema de transparência hoje, quanto a isso não tenho a menor preocupação”, afirmou, em referência à suspeita de candidaturas laranja em 2018.
(Texto: Jéssica Vitória com informações do Terra)