O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declara que a “agenda econômica” do apresentador da TV Globo Luciano Huck agrada a ele e ao Democratas. Maia afirma que Huck demonstra interesse e vontade de conhecer melhor a política nas conversas que os dois têm mantido.
O nome de Huck foi citado em 2018 como possível candidato ao Planalto e agora voltou a ser citado em alguns grupos políticos. Com uma carreira bem-sucedida na TV e como empresário, Huck não diz em público que deseja ser candidato. Mas, tem feito várias viagens pelo país e é raro haver uma semana sem que participe de algum evento público.
De acordo com Maia, um insucesso da gestão de Bolsonaro poderia impulsionar o nome de Huck, considerado 1 outsider: “Se ele [Bolsonaro] naufragar, a sociedade pode continuar procurando o novo. Aí você trata o Luciano [Huck] não como esquerda ou direita, mas como novo”. Em evento promovido pela revista Exame em setembro, o apresentador afirmou que a proposta econômica do governo Bolsonaro é correta, mas que “a enormidade do país não depende só disso, de crescimento do Produto Interno Bruto. Depende de serviços e de proteção social”.
Maia afirmou também que Huck tem força em quase todas regiões do Brasil. E que por se posicionar na centro-direita, ele o DEM poderiam apoiá-lo.
Outro nome citado por Maia para a corrida ao Palácio do Planalto é o do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O demista elogiou a gestão do tucano no Estado. Disse que comandar São Paulo favorece Doria para disputar o pleito de 2022. Declarou também que não tem “nenhum problema de apoiar o governador Doria”.
“São Paulo é sempre uma força mais forte no Brasil e sempre é um pré-candidato a presidente. Sendo um bom governador –e o Doria tem tudo para continuar sendo um bom governador– eu acho que é sempre um candidato forte”, disse Maia, que tem 49 anos e é um dos principais dirigentes do Democratas, partido que hoje tem 27 deputados e seis senadores.
Sobre suas pretensões nas eleições daqui a três anos, Maia desconversou. Disse que falta muito tempo para projetar, mas que quer “continuar ajudando” nos debates nacionais. Falou ainda que a nova política é “muito ansiosa”. O demista citou 2018 e lembrou que as eleições do ano passado estavam indefinidas até seis meses antes do 1º turno.
“Eu quero continuar ajudando, na Câmara eu tenho cumprido meu papel. Tenho colocado a agenda que eu considero, junto com muito líderes, a melhor para o Brasil. Eu acho que tem tido um bom resultado. Tem tido mais nitidez nesses últimos meses que em relação aos outros dois anos, apesar que a gente fez muita coisa junto ao governo do presidente Michel Temer, mas essa questão de 2022 a gente tem que aguardar”, afirmou o deputado.
(Texto: Poder360)