Antes de audiência pública sobre obras inacabadas na Capital, prevista para esta quarta-feira (1º), o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (Carlão, PSB), percorreu vários bairros no final de semana. Ele visitou populares e vistoriou a qualidade dos serviços públicos da cidade.
Segundo o parlamentar, este é um hábito que possui desde quando era líder comunitário. Para ele, é importante ouvir a população no próprio local onde vivem e onde os problemas acontecem.
“É a população que pode apontar as urgências de cada região. Percorri a região norte, nos bairros Mata do Jacinto, Cel. Antonino, Nova Lima entre outros. Liguei para o secretário e pedi para a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), que realizasse serviços de tapa-buracos na entrada do Ceasa com a avenida Cônsul Assaf Trad.”
À Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o vereador reivindicou a instalação de um redutor de velocidade (quebra-molas) na rua Elmira Ferreira de Lima, no bairro Isabel Gardens, em um cruzamento em que já ocorreu acidente com vítima fatal, perto da Conveniência Carvalho. Além disso, ele conta que houve outros pedidos realizados por meio de indicação e ofícios. “Também pedi a pintura da faixa de pedestres e quebra-molas em frente ao Emei Athenas de Sá, na rua Santa Catarina, no Coronel Antonino.”
As visitas ocorrem antes da audiência pública, a ser realizada na Câmara, na quarta-feira (1º), às 9h, onde os vereadores discutem sobre as obras públicas inacabadas no município. O debate está sendo convocado pela Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos, composta pelos vereadores Ayrton Araújo (PT) (presidente), Júnior Coringa (PSD) (vice), Clodoilson Pires (Podemos), Silvio Pitu (PSD) e Gilmar da Cruz (Republicanos).
Vereador de primeiro mandato, Ronilço Guerreiro (Podemos) diz que há morosidade e falta de atitude em muitas promessas feitas pelo executivo em relação a obras. Guerreiro ressalta que o vereador é muito cobrado na rua e muitas vezes nem tem culpa da situação. “Como vereador, meu papel é legislar e cobrar, isso eu faço. Confesso que me irrita a morosidade para obras importantes. Busco me reunir sempre com os secretários e é um gerúndio danado: estou vendo, estamos projetando, estou planejando, estou conversando…”, disse Guerreiro.
“Temos a situação da rotatória da Tamandaré com a Euler de Azevedo, um caos nos horários de pico. Já estive muitas vezes na prefeitura, secretaria de obras, Agetran e sempre a mesma fala, de que está sendo planejado, orçado e que em breve a obra começa. Estou como vereador há dois anos e três meses, nada foi feito. Mesma questão da rotunda, que segue abandonada. Ninguém aguenta mais essa lentidão”, complementou o vereador.
Ronilço ainda destaca que muitas dessas obras já tiveram até orçamento definido. “Veja a questão do Centro de Belas Artes, com dinheiro em caixa e há tantos anos abandonada. A população não pode mais viver apenas de promessas e olha que estou falando apenas de obras. Imagina a questão de saúde, segurança, educação, cultura, entre outras”, finaliza.
Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado do MS.
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