O prefeito de Ponta Porã (MS), Eduardo Campos (PSDB), manifestou uma posição de “cautela e otimismo” em relação à recente decisão do Paraguai de designar as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como grupos terroristas, seguindo a medida já tomada pela Argentina.
Localizada na fronteira com Pedro Juan Caballero, Ponta Porã teme a migração de chefes do crime organizado após uma grande operação policial ocorrida no Rio de Janeiro.
Campos vê a classificação com otimismo por acreditar que ela pode levar a um enfrentamento mais efetivo das organizações. Por outro lado, a cautela se deve à necessidade de que as medidas de segurança adotadas sejam balanceadas, respeitem os direitos humanos e evitem abusos para que sua eficácia se mantenha a longo prazo.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de o Brasil seguir o mesmo caminho, o prefeito considerou a questão “complexa”. Ele pontuou que a nação tem uma dinâmica de segurança própria e que o governo federal deve analisar cuidadosamente os impactos e promover uma ampla discussão antes de tomar uma decisão, lembrando a postura já adotada pelo Itamaraty em não incluir as facções como terroristas em acordos regionais recentes.
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