A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (15) uma operação contra o Ciro Gomes (PDT) e seu irmão, Cid Gomes, para apurar irregularidades e um suposto esquema de desvios nas obras de ampliação da Arena Castelão, principal estádio do Ceará, para a Copa do Mundo de 2014. Ciro nega as irregularidades.
A polícia aponta que há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas entre os anos de 2010 a 2013, quando Ciro cumpria mandato de governador. Os valores eram pagos diretamente em dinheiro ou eram disfarçados de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudadas por empresas fantasmas.
Segundo as autoridades, as propinas eram pagas para que uma empresa vencesse a licitação das obras da Arena Castelão e que pudesse receber, durante a execução do contrato, os valores do governo.
Em nota, a PF diz que “os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva”.
Ciro Gomes se pronunciou em suas redes sociais. Na publicação, disse que considera a operação “abusiva” e atribuiu ao presidente Jair Bolsonaro a ordem de enviar a PF à casa dele.
(Com informações: Congresso em Foco)