O PT de Campo Grande está se preparando para oficializar sua pré-candidata à prefeitura nas eleições de 2024, porém a Plenária, que ocorrerá na Câmara de Vereadores no próximo sábado (23), a partir das 9h, terá disputa interna entre a advogada Giselle Marques e a deputada Camila Jara. A comissão executiva do diretório de Campo Grande tentou um consenso no nome de Jara, mas, até o momento, Marques não recuou e indicou que vai até a Plenária, para decisão da militância.
Na última terça-feira (19), a comissão do PT realizou uma reunião com o objetivo de convencer Giselle Marques a desistir de sua pré-candidatura. Os membros da comissão executiva do diretório confeccionaram uma carta de indicação à deputada Camila Jara. A carta assinada pelo presidente Agamenon do Prado diz que “é preciso organizar a batalha político-eleitoral em Campo Grande desde já” e que “a candidatura da deputada federal Camila Jara reúne as melhores condições para representar a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) no pleito de 2024 em Campo Grande. É a que extrapola a nossa Federação, facilitando, com isso, a ampliação político- -eleitoral”.
Contudo, Marques deixou claro que está determinada a seguir em frente e persistirá até a Plenária. Ao jornal O Estado, a advogada disse, em nota pública, que diante da resolução da comissão executiva, ela apoia o item 1, em que é descrito sobre a necessidade de o PT ter candidatura própria no primeiro turno das eleições de 2024, em Campo Grande, “sendo, inclusive, condição indispensável para o crescimento do projeto de empoderamento das trabalhadoras e dos trabalhadores do campo, da cidade e das florestas por melhores condições de vida, e para termos acesso à dignidade em um planeta sustentável e em uma Campo Grande com justiça social”.
Porém, a advogada discorda da afirmativa de que Jara reúne as melhores condições para representar a federação e prefere deixar a base escolher, de forma democrática. “Entendemos que é legítima a formalização da posição dos nossos dirigentes. Porém, cabe à base e à militância partidária analisarem essa decisão, democratizando o debate e propiciando que os filiados e militantes também participem dessa escolha, mediante as prévias, como tem sido a prática histórica do maior partido operário da América Latina.”
Plenárias
Nas Plenárias do PT, as pré- -candidatas são apresentadas à militância e a votação é realizada para determinar a escolhida. Apesar da persistência de Giselle Marques em manter sua pré-candidatura, algumas lideranças, incluindo Zeca do PT, já expressaram o seu apoio à deputada Camila Jara.
Zeca do PT disse, ao jornal O Estado, que embora respeite a vontade de Giselle Marques, acredita que a deputada Camila Jara deve ser a pré-candidata oficial do partido. Além disso, ele sugeriu que o deputado Pedro Kemp seria um bom nome para candidato a vice, na chapa encabeçada por Camila. “Com todo o respeito às outras pré-candidatas, acredito que o nome da deputada Camila é o que tem maior representatividade e pode gerar grandes votos ao PT.”
O vereador Ayrton Araújo também aposta em Camila Jara, afirmando que ela é vista como o nome mais viável para a disputa eleitoral, neste momento. “Acreditamos que a companheira Camila Jara tenha mais chances eleitorais de disputa”, declarou Araújo.
A Plenária do próximo sábado será decisiva para determinar qual pré-candidata o PT oficializará para a Prefeitura de Campo Grande, nas eleições de 2024. A expectativa é que, após esse evento, o partido possa se unir em torno de uma candidatura única e fortalecida para a corrida eleitoral. Além de Jara e Marques, as professoras Bartô Catanante e Eugênia Portela também dispuseram seus nomes para concorrer.
Por – Rayani Santa Cruz
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.