PL pressiona Nva direção para ter chapa pura ao senado

Foto: Divulgação/arquivo
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Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o deputado Federal Rodolfo Nogueira, a articulação do ex-governador Reinaldo Azambuja, do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e do secretário-geral do partido, senador Rogério Marinho (RN), é lançar dois nomes para o Senado pela legenda, os quais serão definidos por Bolsonaro sendo o primeiro nome o do ex-gpvernador Reinaldo Azambuja. “Além de Gianni, o ex-deputado estadual Capitão Contar pode ser o outro possível nome para o PL na disputa. A decisão final sobre os nomes cabe ao presidente Bolsonaro, visando fortalecer o PL e a direita em Brasília”, assegurou.

“A Gianni foi indicada por Jair Bolsonaro como pré-candidata ao Senado pelo PL em Mato Grosso do Sul. Ele a notou em vídeos de 2023, ficando impressionado e a convidou para conversar em Brasília. Ele a sondou sobre sua idade e aptidão para a candidatura, firmando o compromisso de lançá-la ao Senado”, recordou. Ele dosse que o ex-presidente Bolsonaro tem um projeto nacional para eleger uma grande bancada de senadores em 2026. “O objetivo principal é fortalecer o Congresso Nacional e o Senado para fazer frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), buscando reequilibrar os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). A meta do PL é eleger 30 dos 54 senadores em disputa, o que permitiria eleger um presidente do Senado sem rabo preso e capaz de iniciar um processo de impeachment de ministros do STF”, comentou.

“Ela foi a única de Mato Grosso do Sul convidada por Bolsonaro a discursar na Avenida Paulista. A Gianni é advogada, com mestrado em Direito, e alinhada ao voto bolsonarista e conservador, sendo que as pesquisas de intenções de votos indicam boa aceitação do seu nome”. Analisou Rodolfo Nogueira ao acrescentar que a esposa era cotada para ser candidata a prefeita de Dourados em 2024, mas o projeto de sair candidata ao Senado prevaleceu.

A 2ª edição do programa Jornal da Top, da Rede Top FM, que em Campo Grande pode ser sintonizada na 88,9 FM, entrevistou, nesta quinta-feira (2), o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), que é presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados, detalhou seus esforços e os desafios enfrentados pelo agronegócio brasileiro diante de um governo federal que ele descreve como hostil ao agronegócio.

“A gente chegou no primeiro mandato, então não é fácil. Sempre ouvimos a expressão baixo clero lá em Brasília e realmente a gente chega lá sem conhecimento, sem articulação, sem nada. Mas, venho trabalhando porque sou produtor rural, sou pecuarista, e fui eleito com essa bandeira”, afirmou, completando que o governo atual alinha os ministérios contra o agronegócio e o produtor rural.

Para ele, o Ministério do Meio Ambiente voltou com “indústria da multa”, enquanto o da Economia não tem políticas públicas favoráveis, cobrando juros altíssimos para o agro, com até 20% atualmente, comparado a 6% no governo anterior, o que eleva os custos de produção.

“Um projeto de lei crucial para a securitização/prorrogação de dívidas de produtores rurais endividados, especialmente em Mato Grosso do Sul, devido às safras frustradas, foi aprovado na Câmara. Esse projeto visava usar R$ 30 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para bancar a prorrogação das contas, sem quitar as dívidas, apenas oferecendo alívio a produtores sem culpa pela perda de safras, mas foi barrado no Senado devido à pressão do governo federal, que supostamente prefere usar o dinheiro do Pré-Sal em programas sociais para comprar voto no próximo ano”, acusou.

Rodolfo Nogueira ainda alerta que a desvalorização do agronegócio resulta no encarecimento dos alimentos e no aumento do desemprego. “O agronegócio é a locomotiva do Brasil, representando 33% do PIB e 49% das exportações. Gera 29,5 milhões de empregos diretos e garante o alimento na mesa dos brasileiros. O setor é vital para a economia dos municípios e estados como Mato Grosso do Sul”, detalhou.

Sobre o apoio do governo federal ao MST, o deputado federal considerou essa postura “revanchista” e “vingativa” porque os votos dos ruralistas foram do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Essa postura do governo resultou em um aumento das invasões de terras, gerando insegurança para os produtores rurais. O MST manipula pessoas da cidade com assistencialismo para servirem como ‘massa de manobra’ nas invasões”, assegurou.

Anistia

Rodolfo Nogueira também falou sobre a anistia ampla e irrestrita para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. “Quero fazer uma crítica contundente à atuação do Judiciário brasileiro, a percepção de parcialidade da Justiça e a politização do processo legislativo em relação ao tema. Houve um esforço considerável e um custo muito alto para aprovar o requerimento de urgência do projeto de anistia, que inicialmente era uma proposta da oposição com apoio de partidos de centro. A ‘facada nas costas’ foi escolha para a relatoria do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), pois ele declarou que iria focar na ‘dosimetria’ e não na anistia”, recordou.

Ele sugeriu que Paulinho da Força tem uma ligação muito forte com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que o inocentou em um processo anterior. “Ou seja, a escolha dele indica um projeto de anistia praticamente corrompido. A anistia é perdão e esquecimento da pena, sendo legal, constitucional e uma prerrogativa do Congresso Nacional, enquanto a dosimetria é uma aplicação e dosagem da pena, que é uma função do Poder Judiciário. O STF deveria ter equalizado as penas anteriormente, mas, como não o fez, o resultado foram condenações totalmente injustas”, argumentou.

O deputado federal disse que seu compromisso é com a anistia ampla e a pacificação do Brasil. “O meu grupo lutará por uma anistia ampla, geral e irrestrita, com emendas, buscando apoio de outros partidos e deputados. Acredito que a anistia pode pacificar o Brasil e restaurar um senso de justiça, pois a maioria da população considera as condenações atuais injustas”, pontuou.

Senado

 

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