PL de MS segue fiel às ordens de Bolsonaro

Reprodução Youtube/Jair Bolsonaro
Reprodução Youtube/Jair Bolsonaro

Nos últimos dias, o PL (Partido Liberal) nacional tem sido palco de intensas brigas internas, traições políticas e há um clima de irritação liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O foco dessa tensão foi a PEC da reforma tributária, na qual Bolsonaro solicitou à bancada de deputados federais do partido que votassem contra, alegando, em comunicado, que a proposta era “comunista”.

De Mato Grosso do Sul, os deputados, dois bolsonaristas, seguiram fielmente as ordens do capitão, alguns, inclusive, acompanharam a desastrosa reunião, em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, foi convidado a se retirar e teve de ser escoltado, após ser favorável à reforma.

A traição ocorreu quando 20 deputados do PL votaram a favor da PEC no primeiro turno, e outros 18, no segundo. Essa reviravolta enfureceu Bolsonaro, que teve de amargar uma derrota política significativa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O episódio foi acompanhado de perto pelos deputados federais Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, que votaram contra a reforma tributária.

O deputado Rodolfo participou da reunião com a cúpula do PL na quinta-feira (6) e postou diversas fotos ao lado do ex-presidente e da ex-primeira- -dama, como prova de sua lealdade. “Durante reunião da bancada do PL, nosso presidente, Jair e Michelle Bolsonaro, deram aula de patriotismo e espírito estadista”, disse ele, que votou contra a reforma. Durante a reunião, Bolsonaro apresentou a carta pedindo a bancada para votar contra, e indicou “o comunismo” como argumento principal. “Lula se reúne com o Foro de SP, diz ter orgulho de ser comunista, que na Venezuela impera a democracia. Só por isso, caso fosse deputado, votaria ao longo de todo o meu mandato contra tudo que viesse do PT”, alegou Bolsonaro, em trecho da carta.

As traições e o confronto ideológico que foi atrelado, em torno da reforma tributária, evidenciam a dificuldade do PL em manter uma coesão partidária e o impacto que essas divergências podem ter, no futuro do partido.

Fica evidente que os ânimos exaltados e as divisões ideológicas estão afetando, não apenas as relações internas, mas também a capacidade de diálogo no cenário político brasileiro como um todo. A situação atual sinaliza desafios significativos para construir consensos entre os parlamentares.

 

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