Artistas, comerciantes, secretários municipais das áreas de cultura, segurança, representantes da secretaria de desenvolvimento urbano e do setor de projetos estiveram discutindo alternativas para fomentar a ocupação da 14 de Julho, como forma de preservar os investimentos.
Estes objetivos constam no Projeto de Lei 9.488/19 e foram debatidos em Audiência Pública na manhã de quarta-feira (18), na Câmara Municipal de Campo Grande.
Uma das possibilidades é fechar a via uma vez por semana para levar esses atrativos, mas também fomentar o uso do espaço com novas opções de produtos e investimento em segurança.
Catiana Sabadin, coordenadora do Projeto Reviva Campo Grande, classificou como fundamental a discussão pós-obras em relação à 14 de Julho, proposta na Audiência. Uma das metas é realizar análise, em parceria com Sebrae e Fecomércio, para pensar a 14 de Julho como uma região e não de forma individual.
Respondendo aos questionamentos, Catiana Sabadin salientou sobre as propostas para atender as reivindicações relacionadas a estacionamento, em que investidores já estão procurando a prefeitura com planos para investimentos. Ainda, destacou a importância de manter espaço para as pessoas circularem, não tendo como foco principal o uso de carros na via.
A economista Daniela Teixeira Dias, representando a Fecomércio, apresentou dados sobre sondagem feita com 30 empresários ou gerentes de lojas da Rua 14 de Julho, para ajudar no embasamento das discussões.
“No geral, a avaliação é positiva e de expectativa por melhorias no comércio, principalmente pela modernização do espaço. Como pontos negativos, foram citados a falta de vagas de estacionamento, de atrativos e também de segurança”, disse. Ainda, foram apontados 65% favoráveis ao fechamento e elencados pontos para tornar a via mais atrativa, a exemplo do food truck à noite.
Atrativos para crianças e adolescentes também estiveram entre as reivindicações apresentadas pelos participantes. A integração da Feira Central como roteiro cultural da 14 de Julho foi sugerida pela presidente da Associação da Feira, Alvira Appel, que ainda mostrou a preocupação com o acesso liberado à Esplanada Ferroviária a partir da Rua Maracaju. (João Fernandes com assessoria)