Nelsinho Trad não descarta reunião com Eduardo Bolsonaro nos EUA

Senador Nelsinho Trad está desanimado com possibilidade de sucesso da missão - Foto: Divulgação
Senador Nelsinho Trad está desanimado com possibilidade de sucesso da missão - Foto: Divulgação

Senador diz que se o encontro for produtivo pode ser agendado

 

“Vamos reunir a comissão quando ela estiver formada. A decisão é de um colegiado, e o que for bom e produtivo para avançar, pode ter certeza que vamos fazer”, afirmou. Questionado sobre um possível encontro com Eduardo Bolsonaro no exterior, Nelsinho Trad respondeu de forma genérica.

Questionado sobre a possível interlocução com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) durante a missão oficial aos Estados Unidos, o senador afirmou que, o foco da comitiva não é dialogar com figuras políticas brasileiras no exterior, mas sim com os protagonistas diretos das sanções comerciais impostas ao Brasil. “A informação de que fomos atrás do Eduardo Bolsonaro circulou, mas a comissão do Senado não pretende, neste primeiro momento, conversar com ele. O objetivo é falar diretamente com quem está conduzindo essa ação nos Estados Unidos e perguntar: por que estão fazendo isso com o Brasil, se a balança comercial é amplamente favorável a eles?”, disse.

A missão oficial que será conduzida por senadores brasileiros aos Estados Unidos nesta semana corre o risco de ser impactada pela crise institucional que gira em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro. O alerta foi feito pelo senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e um dos membros da delegação que tentará negociar a suspensão de tarifas americanas sobre produtos brasileiros.

Em entrevista, Nelsinho disse que o desgaste internacional provocado pelas medidas judiciais contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e as medidas cautelares, pode atrapalhar o clima político da missão. “Certamente, essa questão das medidas contra Bolsonaro pode ser um complicador a mais. Porém, vamos lá conferir e tentar o diálogo”, afirmou.

“Tereza Cristina”

Entre os nomes que integram a delegação está a senadora Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura, que atuará como uma das articuladoras da missão. Segundo Nelsinho, a escolha foi feita com base em critérios técnicos e por representar um espectro político de centro-direita com credibilidade junto aos interlocutores americanos.

“Vamos dialogar com parlamentares que compartilham de uma visão parecida com a nossa. Isso aumenta as chances de sermos ouvidos com atenção”, explicou.

A visita ocorrerá entre os dias 29 e 31 de julho, antes do recesso legislativo de verão nos Estados Unidos, que começa em 1º de agosto. O objetivo é defender os interesses comerciais do Brasil e mostrar que o país continua sendo um parceiro confiável. “Mais de 200 países foram sobretaxados, mas temos indicadores claros de que essa medida com o Brasil não é razoável”, argumentou Nelsinho.

“Setores produtivos”

Apesar de representarem segmentos diretamente afetados pelas sobretaxas impostas pelos Estados Unidos, entidades como a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) e a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) ainda não têm confirmação oficial de participação na missão parlamentar que embarca nesta sexta-feira (25) para os Estados Unidos. Até o momento, nenhuma das duas entidades foi formalmente integrada à comitiva.

 

Por Brunna Paula

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